Impostos vão para os buracos

17 de Março de 2016
Jornal O Liberal

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Quem trafega pelo trecho urbano da antiga estrada do Cumbe, se tiver um pouco de senso crítico, pode ver no que a dá a obsessão pelo asfalto, quando se trata de pavimentar ruas. Para facilitar aos que não sabem qual é a antiga estrada do Cumbe, informa-se ser a mesma que leva à policlínica municipal, equivocadamente chamada UPA. De ponta a ponta a mencionada via, nem tão extensa, é uma sucessão de buracos a mexer com os nervos do condutor. O público bate palmas e glorifica o agente político responsável, mal imaginando que não demorará, para que o primeiro ponto negativo apareça; ao trânsito que se torna rápido demais se contrapõem os famigerados quebra-molas, verdadeira punição ao condutor correto. Daí em diante, a chuva faz o resto. Considerando a capacidade gerencial da administração pública, no tocante à malha viária urbana, o asfaltamento é solução bonitinha, mas ordinária, porque a manutenção que deveria ser constante, só aparece (quando aparece) depois de muitos buracos e outro tanto de reclamações, omitidos os prejuízos que condutores/proprietários otários amargam, sem sequer registrar um BO na polícia; pagar imposto, ele paga, mas se tem prejuízo, tem medo de apontar a culpada. Diante do caos constatado, são preferíveis as velhas pedras assentadas – não espalhadas – de visual menos atraente, é verdade, mas que constituem solução mais resistente, mais fácil e barata de conservação, além de redutora natural de velocidade, sem falar na propriedade ecológica de permitir a absorção das águas pluviais. Mas, que fazer? Prefere-se a beleza momentânea á qualidade duradoura!

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