Inteligência do cachoeirense é subestimada

20 de Outubro de 2013
Jornal O Liberal

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A questão da segurança nas intersecções com a Rodovia dos Inconfidentes, especialmente no perímetro urbano de Cachoeira do Campo, se não teve solução até agora, não bastante as reuniões diversas, manifestos e promessas, pelo menos, evoluiu nos meios, passando a Audiência Pública, como é moda agora, em ano pré-eleitoral. Realizou-se a Audiência Pública com status de Assembleia Legislativa, por intermédio de sua Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, com deputados a ouvir o povo, representado por público a lotar o recinto. Ainda que em hora inconveniente, o povo não se omitiu, confirmando assim o grau da angústia diante dos riscos e da indignação diante da indiferença com a qual o problema tem sido tratado na área oficial. Pessoas se manifestaram, discorreram sobre experiências no confronto com o tráfego na BR-356 e cobraram soluções diante dos deputados, vereadores ouro-pretanos, representante do DNIT, comandantes policiais militares e do prefeito do município mais próximo; só não o fazendo diante do chefe do Executivo ouro-pretano, o grande ausente. Como era de se esperar de reunião oitiva, promessas, até então, não se fizeram. Mas, quando entre o público não mais se esperava, eis que entra o secretário de Governo a carregar rechonchuda mala, alvo de curiosidade sob olhar de circunstantes: – “estará ali a solução para nossa aflição?” – Dir-se-ia que estava. Com a palavra, o dito secretário, eventual representante do prefeito, diz em alto e bom som: “o prefeito manda dizer que, em sua gestão, será solucionado o problema”. Olhares se cruzam em silêncio, como que a desacreditar. E o recinto começa a se esvaziar. A bojuda mala do secretário de Governo lembra outra, portada por folclórico cidadão local que, quando lhe dava na telha, recheava-a com papéis velhos e capim; vestia a melhor roupa, atalhava pelo mato até alcançar a estrada, ainda pedregosa e poeirenta, na Vargem. De lá tomava o primeiro ônibus de volta para casa. Ao desembarcar, informava com voz grave a quem quisesse ouvir: – “Estou chegando de Nova Iorque, Estados Unidos, onde participei de importante congresso de engenharia”. Moral da história: em cada tempo e lugar, ouve-se a gabolice que merece!

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