Jesus

17 de Agosto de 2018
Valdete Braga

Valdete Braga

Comentávamos, um grupo de amigos, sobre a nova novela da Rede Record, “Jesus”. Eu, particularmente, assisti a primeira semana e achei lindo. Cenas maravilhosas, atores muito bem caracterizados e representando muito bem os seus papéis. Mas como toda história bíblica, confesso, eu só consigo assistir a primeira parte. Dentre os vários filmes que contam a história de Cristo, eu assisto até a sua prisão. Não suporto assistir ao sofrimento dEle, nem em filme. Que dizer de uma novela com 150 capítulos?

Tudo corria muito bem até que começou uma discussão, a meu ver sem sentido, entre dois dos nossos amigos, um evangélico e um católico. Por que sem sentido? Porque religião, em minha humilde opinião, não se discute. Cada um deve seguir a sua e respeitar a do outro. O assunto, até então, eram as cenas da novela, primeiro o anúncio do anjo Gabriel a Maria de que ela ia ser mãe do filho de Deus, depois o canto dos anjos quando Ele nasceu, os reis magos seguindo a estrela... muito emocionante mesmo.

Poderia tanto ter ficado por aí a conversa! Mas um dos membros da roda, católico fervoroso, levantou a questão da novela mostrar Maria como mãe de outros filhos, com José. Tentando amenizar a situação, alguém lembrou que a Rede Record pertence a pastores evangélicos e que eles acreditam nisso. O católico se indignou, o evangélico começou a discursar e por pouco não chegaram às vias de fato. A turma do deixa disto entrou no meio, conseguimos mudar de assunto, mas ainda ficou aquele clima no ar.

Não entendo isto. Todos somos cristãos, todos queremos chegar a Deus, apenas seguimos caminhos diferentes. Não se justifica, principalmente entre amigos, esta história de que a “minha religião é a certa, a sua está errada”. O que importa é tentarmos (ninguém consegue integralmente, é claro) seguir os ensinamentos do Mestre.

O católico acredita na virgindade de Maria e no seu único filho Jesus, concebido pelo espírito Santo. O evangélico acredita que Maria é uma mulher especial, escolhida por Deus para conceber o Seu filho pelo poder do espírito santo e que depois teve outros filhos com o esposo José. O espírita crê que Jesus é o nosso Mestre infinitamente mais evoluído espiritualmente. E assim o budismo, as religiões orientais, etc. Quem está certo? Quem está errado? Ninguém, pelo amor de Deus. Não existe religião “melhor” do que a outra. Quem somos nós, pobres mortais, para nos colocarmos melhores do que alguém porque seus dogmas religiosos diferem dos nossos? Deus é Único e Onipresente. E Ele disse “amai-vos uns aos outros” e não “amai somente os que seguem a sua religião”. Será tão difícil assim entender?

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