Mãe natureza dá o grito, ouve quem tem juízo

05 de Agosto de 2014
Jornal O Liberal

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A natureza, sábia, econômica e previdente, aciona seu sistema de alarme quando algo se situa fora de rumo ou dos seus propósitos, tal qual mãe alerta o filho sob risco de queda para, que mais tarde o mesmo não a acuse de não lhe ter avisado. A gritante falta d’água na Região Sudeste, na qual se insere Minas Gerais, estado cognominado “caixa d’água do Brasil”, é bem um grito da natureza contra a imprevidência humano-corporativa, no trato com as reservas e cursos hídricos, bem como contra o consumo individual irracional, quando não o desperdício descarado. E a irracionalidade humana se evidencia com desperdício de água tratada, na eliminação de poeira, na lavagem de áreas e de veículos, enquanto populações inteiras clamam por um banho, antes que chorem por um copo. São passageiros que, dentro do mesmo barco sob o risco de afundamento, não colaboram com os demais na luta para se evitar a tragédia. A tragédia bate à sua porta e eles continuam a dançar! Mas, o mundo é mesmo assim. Ai da cigarra se não fosse a formiga! A escassez de água chega ao ponto, no qual se percebe não ser suficiente a economia tradicional, para evitar a sequidão para toda a coletividade. Novos costumes, novos hábitos e mais pensamentos construtivos, porque cabeça não é para cultivar cabelo (quem tem) ou criar piolhos! A arquitetura poderia incluir, nos projetos, depósitos para a água de chuva recolhida dos telhados. Tal água serviria para a higiene e outros gastos não exigentes da potabilidade necessária ao consumo humano. Essa providência, em princípio para unidade residencial, poderia se ampliar para conjuntos habitacionais. Há também que pensar na reciclagem da água, em unidades domésticas, tal qual se faz em indústrias, deixando de escoar para o ralo a água do banho, do tanque, da lavadora e até da pia de cozinha. Exageros? Não; previdência e juízo do qual muito carece o ser humano, na atualidade!

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