Mesa de botequim e “facebook”

03 de Julho de 2014
Jornal O Liberal

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A comunicação interpessoal, bastante ampliada pela democratização do telefone e levada ao pico com a introdução do celular, deu outro salto com a internet, primeiramente sob a popularização do correio eletrônico (e-mail) seguida das redes sociais, entre as quais e eventualmente se destaca o “facebook”. O “face” caiu como luva para solitários, incapazes do diálogo cara-a-cara, assim como para covardes, pelo mesmo motivo, e para os línguas-soltas de mesa de botequim, onde prevalece a informalidade e testemunhos não se produzem, porque aí todos cegos, surdos e mudos. Só não se dão conta alguns de que, na rede social, como diz o “zé das couves”, a coisa muda de figura e pode dar pau na moleira. Além do cuidado de não se expor muito à cobiça de espertos e “vivaldinos”, que se acautelem no palavrório ao postar críticas (melhor não fazê-las) a quem quer que seja. E é nesse terreiro que incautos se lascam, pois ofensas, falsas acusações e ridicularizações podem render processos na Justiça e muita dor de cabeça. Se na conversa informal, circunstantes se escondem para não prestar testemunho, nas páginas da rede social tudo fica gravado e à disposição de quem queira, para o bem ou para o mal, dispensando-se, pois, os covardes. E o pecado, para não dizer crime, não se debita tão somente ao autor principal. Quem posta comentários de apoio, ou simplesmente “curte”, pode responder em parceria com o autor.

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