Cemig de volta à berlinda da antipatia popular

08 de Julho de 2014
Jornal O Liberal

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A poderosa Cemig, empresa modelo, em conceito técnico e julgamento pelo público consumidor, no passado mais próximo à sua fundação pelo, então, governador Juscelino Kubitschek, seria, hoje, a mais forte candidata a receber deste jornal o “Troféu BODE ZÉ”, se este existisse, para “premiar” as empresas mais reclamadas neste pedaço. Ironicamente, à medida que adota recursos tecnológicos dos mais modernos como meio único, na relação com o consumidor, ela se afasta deste em qualidade de atendimento, causando-lhe, em consequência, transtornos e prejuízos. Tais recursos não estão ao alcance da grande maioria dos consumidores, razão pela qual se constitui em ato de exclusão a imposição do cadastro, mediante senha personalizada, para acompanhamento das contas e emissão da segunda via. Tomando como base o município de Ouro Preto, território de 1.245 km² (IBGE) treze distritos (incluindo-se a sede) e dezenas de localidades, com endereçamento incorreto nas contas “cemiguianas”, muitas faturas se desviam, levando o consumidor à busca da segunda via. Se não plugado à internet, resta ao consumidor correr à única agência da empresa, no distrito sede, ou apelar pelo telefone, sujeitando-se ao pagamento de doze reais para receber a segunda via pelo Correio. Esse transtorno e gastos extras são consequências da senha pessoal, que impede a terceiros o acesso mediante digitação do número do cliente e respectivo CPF, como era antes. Pelo mesmo motivo, proprietários de imóveis alugados ficam impedidos de acompanhar o comportamento de inquilinos, no que se refere aos pagamentos. E se o inquilino não paga... a Cemig é que não fica no prejuízo!

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