Música, maestro!

20 de Abril de 2017
Elson Cruz

Elson Cruz

Música, maestro! José Eustáquio Ferreira exibiu nas redes sociais uma entrevista com o maestro César Custódio, de São José dos Campos, que define com muita propriedade a importância da música na sociabilização. Ela é de fundamental importância no âmbito social, cultural e educativo. Segundo o maestro são três partes fundamentais na música como harmonia que são os acordes, que mexe com as emoções, melodias que trazem a letra e ritmo que marcam a velocidade de execução. Aprendemos que a música é a arte de manifestar nossos afetos da alma através do som. Em nossa cidade a musicalidade está no coração de nossa gente e ao longo do tempo vem revelando talentos e encantado platéias.

Feriado: Uma boa opção neste feriadão é você explorar nossas belezas naturais como cachoeiras, o roteiro passa pela Chica Dona situada na divisa de Itabirito e Rio Acima, Cachoeira do Cruzado na Serra do Catana, Cachoeira do Carranca em Acuruí, Cachoeira da Bem Vinda, Três Quedas, Cocho de Pedras e Rasgão, todas em São Gonçalo do Bação.

Festival: São 24 canções classificadas para o show Som Plural dias 29 e 30 na Praça da Estação que reúnem atrações como Policromato, Cachaça com Arnica, Pirulito da Vila, Karem, Dekasamba, Samuel e Fabiano e Erasmo Carlos.

Amiseg: A dupla Vavá e Márcio dá o recado musical no Clube AMISEG no Capanema, neste sábado, quando a proposta é dançar ao som dos sucessos dos anos 90. Aproveite as promoções das vendas antecipadas. Informe-se: 3563-1066.

Lauro Bastos: Filho e discípulo dos saudoso professor Bastos, Lauro Bastos deu importante contribuição na preparação do teatro Paixão de Cristo, que foi elogiado por milhares de fiéis que participaram da programação coordenada pela Paróquia de São Sebastião. Nossos parabéns ao Lauro e toda equipe que não mediram esforços para apresentar um bom espetáculo religioso.

Por onde anda? Maria Célia Amorim França. Trabalhou como técnica da área metalúrgica, filha de tradicional família itabiritense, liderança política e educadora de grande conceito na cidade. Maria Célia Amorim França é gente de expressão na região dos Inconfidentes.

Marcas do passado (a pedidos): É comum ver internautas nas redes sociais pedindo a volta dos militares. É bom esclarecer sobre atos do regime de exceção que vivemos a partir de 1.964. Vivi à época, era estudante, e senti na pele os efeitos da mordaça no direito de expressão. Presenciei confronto entre estudantes e militares na Avenida Afonso Pena, vi prenderem em Itabirito o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Regaldino Neto de Souza e confiscar toda a documentação sindical. Um batalhão desfilou em nossas ruas para proceder a prisão do médico Antônio Castro Veado, simplesmente porque tinha proferido palestras no Rotary Club. O jovem Antônio Carlos, filho do músico Mata Pinto, foi chamado no alto comando do exército em Juiz de Fora para explicar o artigo publicado no jornal mimeografado que antecedeu ao Esporte Urgente exaltando o dia do trabalhador. Participamos da organização do festival da canção, criação do Pe. Francisco Xavier, com apresentação do nosso relações públicas Hilton Malheiros. O festival só podia ser realizado depois da liberação em Brasília da censura das letras de todas as composições. A fundação do MDB pelos irmãos Jose Bastos e Geraldo B. Bittencourt, Raimundo Toledo, Luís Corradi, José Rosendo e tantos outros era vista como uma afronta, já que na cidade quase todas as lideranças políticas eram filiadas à Arena. As primeiras reuniões aconteceram nos porões da casa da Tia Lola, residências de Chico Marques na Boa Viagem ou do Sô Francisco no Bairro Carioca. Tempos difíceis onde o vizinho inoportuno muitas vezes era denunciado como comunista. Geração que teve sonhos desfeitos. Músicas censuradas. Ídolos banidos. Sociedade com medo e Direitos suspensos. Temos que agradecer ao idealismo e a perseverança de líderes como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, e Teotônio Vilella que conduziram o país para o caminho democrático.

Para refletir: As globalização encurtou as distâncias métricas, aumentando as distancias afetivas. (Jaak Bosmans)

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