O povo paga de todas as formas

24 de Março de 2014
Jornal O Liberal

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Antes dos cerca de oito anos, tempo de construção da estação rodoviária de Cachoeira do Campo, usuários do transporte coletivo já amargavam descaso, desconforto e todos os desajustes inerentes à falta de local adequado para embarque e desembarque de grande volume de pessoas em trânsito na região. Assim como a solução para interferência do tráfego da Rodovia dos Inconfidentes no trânsito local aguarda boa vontade política, a estação rodoviária ficou na imaginação dos usuários, enquanto enfrentavam intempéries (sol, calor, chuva e frio) poeira e o perigo oferecido pelo trânsito e manobras de veículos, no mesmo local. Mas, alegria de pobre nunca é completa! Inaugurada com pompa e circunstância, os velhos problemas se foram, mas eis que novos surgem para substituí-los. E tão maltratado foi aquele equipamento público em sua edificação, que já se mostra desgastado como se velho fosse, pouco mais de um ano depois da inauguração. É a velha mentalidade tupiniquim de que dinheiro público não é de ninguém ou é dos mais espertos; razão pela qual tudo acaba antes do tempo, nada funciona a contento, culpado não aparece e o contribuinte paga por tudo. Como se não bastasse pagar pela obra e pelo descuramento administrativo, o contribuinte, por meio de informação manipulada e disseminada na rádio-peão, paga também por via moral. O prejuízo das cadeiras quebradas – praticamente todas – está sendo debitado ao vandalismo (parece que gostaram da palavra) ou seja, usuários insatisfeitos estariam a inutilizá-las, quando, na verdade, são elas imprestáveis ao uso proposto. Se adquiridas porque eram mais baratas, estaria confirmada a teoria gaiata de que “economia é a base da porcaria”, porque não se justifica emprego de dinheiro público em algo metálico tão consistente como biscoito de polvilho.

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