Brasil, império do jeitinho malandro

17 de Março de 2014
Jornal O Liberal

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Sol a pino, calor sufocante, e a agência bancária a vazar cliente pelo “ladrão”, ostentando fila até para filar copo d’água junto à gerência. A fila de atendimento especial, teoricamente exclusiva para idosos, gestantes e deficientes, não anda, levando alguém a comentar – “enraizou junto ao caixa”. Pessoa, aparentemente dentro da faixa beneficiária do Estatuto do Idoso, encontra-se junto ao caixa com grande pacote de documentos para transação bancária. A pessoa pode ter a idade requerida para atendimento especial, mas em caráter pessoal, não se configurando o serviço que aquela pessoa, presumivelmente, prestava a terceiros. Corre o zum-zum na fila, dita especial, com queixas relativas ao fato, mas ninguém toma iniciativa de chamar quem deva coibir o abuso. Enquanto isso, eis que uma voz se levanta no meio do burburinho. A principio, pensa-se ser o que faltava, para corrigir a malandragem. Mas, o que se constata é conversa, ao celular, dentro da agência, na cara do vigilante bancário. – Uai! Não é proibido o uso de celular dentro do banco? – indaga alguém, imediatamente respondido por outrem – proibido é, assim como atuar como “Office boy” na fila dos idosos, mas estamos no Brasil.

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