O povo que se dane, enquanto políticos disputam

13 de Agosto de 2011
Jornal O Liberal

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Mariana, importante centro cultural, detentora de títulos diversos, que a consagram à frente dos primórdios da chamada civilização mineira, vive situação caótica no campo político-administrativo, que se reflete no ânimo da população trabalhadora, empreendedora, estudantil e contribuinte de impostos. Desde o último pleito vive aos sobressaltos com o desce e sobe de titular ao cargo de prefeito municipal. Quando se pensa que tudo está resolvido, lá vem decisão judicial, no sentido oposto à anterior, mudando o quadro mais uma vez. A instabilidade chega a ser falta de respeito ao eleitorado, independente das facções políticas em disputa, e, denuncia a incoerência das leis, maliciosamente engendradas, não para solucionar, mas, gerar conflito de interpretações. A cada decisão da Justiça Eleitoral, na fervura do caldo político local, sobem à tona vaidades pessoais e ressentimentos, de parte a parte, em contraposição à expectativa do povo quanto ao atendimento de suas necessidades no âmbito coletivo.

Palavra volúvel e deslealdade soam mais alto

A cada escândalo político-administrativo e denúncia de corrupção, no país, cobra-se, por todos os meios, ética e transparência no setor público, fatores que apontam para a lisura e honestidade em qualquer realização. Entretanto, ao transpor para o setor privado e para o quotidiano das relações humanas, verifica-se que o cobrado para o lado de lá do balcão, do lado de cá não é aplicado. Imagine-se instituição ou entidade ser contatada e ficar acertada sua participação em evento, marcado para cerca de seis meses no futuro. Durante esse tempo, contatos diversos são mantidos entre as partes, com vistas ao sucesso do evento e do serviço contratado, ainda que informalmente. A instituição contratada insere o evento em seu calendário e deixa de assumir compromissos para a mesma data, em atendimento à solicitação do serviço. Praticamente às vésperas do evento, a instituição contratada é informada que outra congênere prestará o serviço. Descobre-se que a segunda atravessou o caminho das negociações anteriores, provocando assim o distrato do contratante com a primeira contratada. É o lamentável a emoldurar o revoltante ato de deslealdade da segunda contratada, que se soma à palavra volúvel do lado contratante, cujo comportamento é agravado pelo fato de ter como associado, no trato sorrateiramente abortado, ministro religioso.

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