O trânsito de veículos exige respeito

19 de Agosto de 2016
João de Carvalho

João de Carvalho

A PRIMEIRA norma que se tem notícia, a respeito do trânsito no Brasil, data de 1902, e encontra-se na “Postura Municipal do Rio de Janeiro, de número 858, de 15.06.1902, onde foi fixada em 10km/h na zona urbana e em 30km/h na zona rural, a velocidade máxima dos automóveis”. Hoje, está tudo diferente com o aumento extraordinário dos veículos e sua capacidade de desenvolvimento de quilometragem. Foi um passo muito grande nos últimos cento e quinze anos. A multiplicação dos tipos de veículos e o alcance de velocidade deram novo significado ao trânsito atual, especialmente nas rodovias federais e estaduais. Haja à vista a necessidade de controle de velocidade pelo uso eletrônico automático. O mundo atual tem pressa. E esta exige rapidez cada vez maior e mais segura. É importante lembrarmos que a vida humana é única e precisa de segurança, especialmente nas estradas. O trânsito é para utilização e circulação de vias, com segurança.

O LIVRO “Jorge, um brasileiro”, escrito por Oswaldo França Jr, natural do Serro/MG, nascido aos 21.07.1936 e falecido aos 10.06.1989, merece especial atenção. Foi ele o mais expressivo autor sobre nossas estradas, quando escreveu esta obra. Por ironia do destino, ele foi vítima de um acidente de carro, onde perdeu a vida, perto de João Monlevade/MG. Ele foi um dos melhores e mais conscientes escritores sobre a perigosa rodovia BR-381, intitulada a Rodovia da Morte. Este livro teve tanta repercussão à época, que mereceu o comentário dos notáveis escritores Guimarães Rosa e Jorge Amado. Foi inclusive enredo de um filme, indo parar nas telas do cinema, servindo de inspiração para o seriado, (em 1988), da Rede Globo intitulado “Carga Pesada”, com grande aceitação popular. Jorge, um brasileiro é o enredo da saga de oito caminhoneiros numa viagem do Vale do Aço (Governador Valadares) até a capital mineira. Jorge, o personagem central do romance de nossas estradas, narra suas aventuras como se estivesse batendo um papo, pressupondo-se que houvesse um interlocutor desde o início de seu romance das estradas mineiras. A missão parte de Belo Horizonte com a finalidade de buscar oito carretas de milho, tendo como antagonistas as chuvas que arrasavam as estradas, dificultando todo o trabalho. Belas histórias amorosas permeiam a missão quase impossível, não fosse a destreza dos homens do volante que buscavam trinta mil toneladas do precioso e valioso cereal. O prazo era de uma semana. O livro é um gostoso bate papo, narrado em primeira pessoa. Notável é a presença do Senhor Mário, dono da carga, que precisava inaugurar uma máquina de refinação de milho. Uma verdadeira história de sabor medieval. É um bom romance das estradas mineiras!

EM SUMA, aos órgãos executivos do trânsito, através de seus agentes, compete exigir o cumprimento integral das normas, no âmbito de sua circunscrição, a fim de evitar aos condutores de veículos, neste mundo tão apressado, danos irreversíveis à sua vida. Por isto, realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, assim como inspecionar as condições de segurança veicular, e aplicar as penalidades por infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro, CTB, notificando os infratores e estabelecendo multas vigentes em leis. A proteção à vida é o fundamento nobre destas disposições legais, ainda que pesem no bolso do infrator da lei de trânsito. Isto faz parte do direito do cidadão ao trânsito seguro.

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