O voto, a arma da cidadania

24 de Agosto de 2012
Jornal O Liberal

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Mauro Werkema

O voto é a principal arma do cidadão. Igualam-se, na urna indevassável, todos os cidadãos. Ali, na sua consciência, na sua opção eleitoral, o cidadão exerce o direito básico da democracia, que é escolher seu representante nos Poderes Executivo e Legislativo e contribuir para outro princípio essencial do regime republicano, que é a transitoriedade dos mandatos. Cabe ao cidadão julgar a conduta dos homens públicos, seu trabalho, o cumprimento das promessas que fez ao pedir ao voto, seu comportamento ético, seu verdadeiro compromisso com o interesse público. São valores fundamentais, que todos e cada um devem levar em conta ao votar, o que se torna altamente necessário no Brasil atual, que ainda luta por construir uma autêntica democracia representativa.

Um olhar sobre as três cidades da chamada Região dos Inconfidentes, Itabirito, Ouro Preto e Mariana, nos incentiva a uma reflexão maior. Muitas são as questões específicas de cada cidade e da região, cada vez mais povoada, com problemas de convivência entre a grande expansão da mineração e as cidades, suas estradas e o meio ambiente. É dever dos cidadãos, homens e mulheres conscientes, conhecer sua cidade, sua região, suas questões econômicas, sociais, urbanas, ambientais, a qualidade de vida, problemas comuns como Educação, Saúde, Habitação, etc. E, com plena consciência de sua responsabilidade como eleitor, escolher os candidatos melhores, conforme seus currículos, suas vidas e seus programas.

Vive o Brasil momento singular. É opinião dominante que é preciso reformar a classe política e a prática da chamada vida pública entre nós. As representações parlamentares, Senado, Câmara Federal, Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais, precisam assumir sua missão com mais presença, ousadia, eficácia, honestidade, compromisso real com os anseios da Nação Brasileira. E para isto é preciso que os partidos políticos sejam mais autênticos, mais ideológicos e não meras legendas de aluguel, desprovidas de conteúdo doutrinário, sem compromisso com as questões populares, abrigo de eventuais usurpadores da representação popular, mais voltados para os seus próprios interesses do que em trabalhar efetivamente pela sociedade. São verdades evidentes, no pensamento de todos. As exceções são poucas.

Então, o voto é fundamental. É o ato básico da democracia. É a manifestação republicana mais legítima. É preciso que a faxina na classe política, hoje uma necessidade nacional, comece pelo voto consciente. Não dá mais para aceitar os ficha-sujas, os profissionais da política, os que fazem da vida pública meio de enriquecimento pessoal. É pelo voto que os cidadãos trocam seus representantes. E é essencial que não se deixem contaminar pelos demagogos, pela propaganda ilusória, pela falácia dos falsos, pelos desonestos que se disfarçam de salvadores e renovadores. Ou pelos que não têm idéias, mas que compram os votos dos mais humildes com favores, presentes, promessas de emprego. Estas advertências são essenciais, em meio à campanha política que se realiza. E é bom lembrar que a renovação começa nas cidades, na Prefeitura e na Câmara de Vereadores.

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