Otimismo, apesar de tudo

16 de Janeiro de 2012
Valdete Braga

Valdete Braga

Queria muito escrever uma mensagem otimista, de bons fluidos para o Ano Novo, retornando das férias renovada, e com muita alegria.

Infelizmente, os acontecimentos não permitem. Estamos vivenciando tanta tragédia, tanto sofrimento, que fica difícil para qualquer pessoa sentir-se renovada.

Mas eu sou otimista, uma romântica incorrigível que insiste em acreditar que tudo pode ser revertido para o bem. Nada é por acaso. Sei que é difícil, senão impossível, para quem perdeu tudo, ou para os familiares das vítimas fatais, entenderem ou aceitarem isso. No lugar deles, eu também não aceitaria. É muito mais fácil falar quando se está de fora da situação, eu sei.

Mas mesmo assim, solidarizo-me com todos os atingidos, direta ou indiretamente, com as catástrofes que nos surpreenderam neste início de 2012, mas peço que não percam a fé. Que acreditem em um Bem maior. Independente da crença religiosa de cada um, creiam que Deus está no leme de nossas vidas.

Os que partiram cumpriram sua missão. Os que ficam precisam ser fortes para continuarem e também cumprirem a sua. Cada novo dia é uma benção e o por maior que seja o sofrimento ele um dia será entendido. Mesmo que não passe nunca (algumas não passam) a dor será entendida à medida que evoluirmos.

Somos ainda muito pequenos para entendermos designos que nos parecem injustos. Mas o Universo é sábio e Deus um Pai amoroso que não permite injustiça com a vida de Seus filhos. Nós não sabemos, mas Ele sabe.

É difícil? Meu Deus, é dificílimo. Falta muito para chegarmos lá. Mas eu acredito que tudo está em seu lugar. Chorei muito pelas vítimas, conhecidos meus. Sofro por todos os desabrigados e faço o pouco que posso em termos materiais e rezo muito por todos. Sim, é dificílimo. Mas é exatamente nos momentos mais difíceis que precisamos acreditar.

A chuva, por si só, não é cruel. A natureza é perfeita. Nós, homens, é que a deturpamos com nossa ganância.

Há uma razão para tudo isso, nós só não a conhecemos. Assim, não posso escrever a minha primeira crônica do ano com alegria, mas a escrevo com otimismo, acreditando que tudo está no seu lugar e cabe a nós mantermos a proposta que fizemos ao vir para esta vida.

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