Marcelo Rebelo
Ferramenta inédita lançada pela Folha de São Paulo em conjunto com o Datafolha, em (27/08), mostra quais prefeituras entregam mais serviços básicos em saúde, educação e saneamento usando menor volume de recursos financeiros.
De acordo com o ranking de eficiência dos municípios da Folha (REM-F), os municípios de Ouro Preto Itabirito se saíram bem e receberam o carimbo de eficiência. Já Mariana não teve a mesma sorte e obteve o carimbo de pouca eficiência.
Dos municípios da Região dos Inconfidentes, Ouro Preto obteve a melhor nota, ficando em 591º posição, entre os 5.281 municípios pesquisados, com média de 0,532. Itabirito ficou em 822º lugar, com a média de 0,519. Já Mariana ficou em 2.677ª posição, com média de 0,452.
Ouro Preto na educação obteve 0,661, sendo 0,509 a média nacional. Na saúde atingiu 0,617, sendo 0,500 a média nacional. Já o saneamento foi de 0,848, sendo 0,567 a média nacional.
Itabirito na educação atingiu 0,596, sendo 0,509 a média nacional. Na saúde obteve 0,648, sendo 0,500 a média nacional. Por fim, o saneamento ficou com o melhor resultado 0,904, sendo 0,567 a média nacional.
Mariana na educação atingiu 0,540, sendo 0,509 a média nacional. Na saúde obteve 0,639, sendo 0,500 a média nacional. Por fim, o item saneamento ficou com 0,863, sendo 0,567 a média nacional.
Metodologia
Numa escala de 0 a 1, só 24% das cidades ultrapassaram 0,50 e, por isso, podem ser consideradas eficientes.
O Ranking de Eficiência dos Municípios - Folha (REM-F) leva em consideração o atendimento das prefeituras nas áreas básicas de saúde, educação e saneamento, tendo como determinante para o cálculo de eficácia na gestão a receita per capita disponível de cada cidade.
Na educação, o ranking contabiliza os percentuais de crianças atendidas por creches e escolas municipais.
Na saúde, a cobertura da população por equipes de atenção básica e o total de médicos por habitante. No saneamento, os percentuais de domicílios atendidos por redes de água e esgoto e por sistemas de coleta de lixo.
Esses componentes são somados e depois divididos pela receita per capita de cada cidade, produzindo um ranking de eficiência no gasto.
Em crise, os municípios espelham também alguns dos principais desafios do país, como o crescimento do gasto público, a dependência de verbas federais, a perda da dinâmica da indústria e a ascensão do agronegócio.