Para Pensar

02 de Abril de 2015
Valdete Braga

Valdete Braga

Empoleirado em um alto galho de árvore, o galo estava de sentinela, vigiando o campo, para ver se não havia perigo para as galinhas e os pintinhos que ciscavam o solo, à procura de minhocas. A raposa, que passava por ali, logo os viu e imaginou o maravilhoso almoço que teria, se comesse um deles. Quando viu o galo de vigia, a raposa inventou uma historinha para enganá-lo.

– Amigo galo, pode ficar sossegado. Não precisa cantar para avisar às galinhas e os pintinhos que estou chegando. Eu vim em paz. O galo, desconfiado, perguntou:

– O que aconteceu? As raposas sempre foram nossas inimigas. Que é isso agora? A espertalhona continuou:

– Caro amigo, esse tempo já passou! Todos os bichos fizeram as pazes e estão convivendo em harmonia. Não somos mais inimigos. Para provar o que digo, desça daí para que eu possa lhe dar um grande abraço!

O que a raposa queria, na verdade, era impedir que o galo voasse para longe. Se ele descesse até onde ela estava, seria fácil dar-lhe um bote. Mas o galo não era bobo. Desconfiado das intenções da raposa, ele lhe perguntou:

– Você tem certeza de que os bichos são todos amigos, agora? Isso quer dizer que você não tem mais medo dos cães de caça? – Claro que não! - confirmou a raposa.

Então o galo disse:

– Ainda bem! Porque, daqui de cima, estou avistando um bando que vem correndo para cá. Mas, como você disse, não há perigo, não é mesmo? – O que?! - gritou a raposa, apavorada.

– São os seus amigos! Não precisa fugir, cara raposa. Os cães estão vindo para lhe dar um grande abraço, como esse que você quer me dar. A raposa, tremendo de medo, fugiu em disparada.

Moral da história: Muitas vezes, quem quer enganar, acaba sendo enganado.

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