Pedido de Perdão a José Alencar

02 de Maio de 2012
Jornal O Liberal

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Que o produto do trabalho de muitos só ganha valor no mercado, após morte de seu autor, já se sabia e, disso, o exemplo mais gritante é a obra do pintor holandês Vincent Van Gogh, cujos quadros, pintados em profusão, não foram capazes de tirá-lo da pobreza. Morto o pintor, os quadros ganharam valor astronômico e fazem, hoje, a fortuna de muitos. No plano das idéias vê-se, atualmente, a acontecer o mesmo com o pensamento do saudoso, ex-vice presidente da República, José Alencar, cuja vida política foi pautada no combate aos juros altos. Combatia os juros altos tanto quanto lutava contra o câncer. Somente nos últimos dias houve a iniciativa de se baixar o custo do dinheiro (por enquanto só em bancos oficiais) o que vem de encontro à aspiração do simpático e sincero José Alencar. Espera-se que seja medida tomada para valer e não o correspondente à antipática brincadeira do doce ofertado e logo recolhido ante a mão estendida da criança. Da mesma forma, seria fazer-lhe justiça a solução definitiva dos problemas causados pela Rodovia dos Inconfidentes no perímetro urbano, bem como pedido de perdão pelo uso indevido de sua voz e figura, no anúncio da duplicação da rodovia em Cachoeira do Campo. A molecagem política (outro nome não tem) do uso do José Alencar, para anunciar a enganação, foi feita em solenidade do 21 de Abril, na Praça Tiradentes, Ouro Preto, há alguns anos. E a solução, que não precisa da duplicação, não veio até o momento. Quando virá?

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