Poder público: ineficiência e má-fé

17 de Junho de 2016
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

Olhando para a esfera federal, o conluio pervertido entre as construtoras e o executivo exacerbaram uma das piores características do poder público: sua cruel ineficiência. Obras monumentais, ora questionáveis em sua utilidade, ora importantes, mas escangalhadas pelo desvio de recursos, o poder público quando não desvia recursos, os joga no lixo, contaminando a iniciativa privada e sua lógica de mercado. ‘O que é de todos, é de ninguém’. A máxima é ainda mais verdadeira quando o país é pobre, não de recursos, mas de espírito.

Em Mariana, seja por megalomania, omissão, intervenção absurda do judiciário alheio à realidade diária do cidadão (quem não se lembra da dança das cadeiras entre 2009-2012?) diversas obras se encontram paralisadas (centro administrativo, abatedouro, teatro do centro de convenções, etc.) virando ruína, incompletas ou sob suspeição, como apontado em relatório apresentado à Câmara de vereadores da cidade, recentemente. Segundo o edil que o trouxe à tona, o problema seria a constante mudança de governos. É uma razão parcial. A verdadeira razão, o amago da coisa, é a cultura prevalente no meio público desse país, especialista em duas coisas: roubo e desperdício. Resta saber qual delas se aplica ao caso de Mariana.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook