No cumprimento de sua obrigação, eleitora comparece para votar e, na manipulação da urna eletrônica, sua simplicidade de dona de casa não afeita às geringonças eletrônicas, sobretudo eleitorais, se sobrepõe à vontade de votar e se confunde com as teclas. Solicita aos mesários ajuda que pode ser dada desde que não interferente na vontade do eleitor e no sigilo da votação. Daqueles, cidadãos pressupostamente conscientes de sua destacada função, naquele momento, não vêm senão risos, chacotas e deboches, atrapalhando ainda mais eleitora, a cuja simplicidade se soma a condição de doente. Arrogância e falsa qualificação para a eventual função tentam se sobrepor ao mais elementar direito democrático, que não se veta nem ao mais humilde cidadão. Faltou quem, na hora, apresentasse denúncia diretamente à Justiça Eleitoral, mas o BO foi registrado e outras providências são tomadas por filha consciente, que não se inclui na turma do “deixa pra lá”. Destaca-se do episódio o gesto respeitoso de filha e de cidadã consciente de seus direitos.