Que cada um cuide de si e o coveiro de todos!

02 de Outubro de 2014
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

Pela primeira vez não é que, neste país grande, bobo e irresponsável, se quer invertida ação corretiva em favor da coletividade. Explicando melhor, trata-se de ação do poder público que, em princípio, seria destinada a solucionar problemas comuns, dando proteção à comunidade e punição a infratores e transgressores. Exemplo clássico dessa inversão encontra-se no trânsito. Ao invés de educar condutores, aplicar outros meios de controle, fiscalizar e punir infratores implantam-se quebra-molas a torto e direito, o que resulta em punição aos bons, enquanto os maus motoristas passam sobre o obstáculo como se este não existisse. Em outra ação invertida, pretendeu-se, não há muito tempo, combater a criminalidade garupeira, proibindo equipamento da garupa nas motos, ao invés de correr atrás dos criminosos. É o jeitinho maroto, tupiniquim, a empregar a lei do menor esforço, ou seja, “pelo mais fácil”, na hora de dar uma resposta ao público sobre questão que o atormenta. O Estado se agiganta e faz de tudo para multar, taxar, cobrar, mas se encolhe e se esconde atrás de falácias, quando se trata de proteger a coletividade. O mal do menor esforço, ou do “pelo mais fácil”, chega agora, também, ao Ministério Público que, segundo noticia a mídia, entrou com ação pedindo a liberação da venda de antibióticos, que estejam em uso há mais de cinco anos, sob argumentação de que faltam médicos para a prescrição do medicamento. Qualquer medicamento, sobretudo antibiótico, é faca de dois gumes, que somente profissional habilitado tem condições de avaliar, prescrever e aplicar, de acordo com natureza de cada paciente e do mal que o acomete. O que salva “A” pode matar “B” e “C” e somente o médico é preparado para isso entender. O Estado que se vire e revire, desconcentre a população médica dos grandes centros, mas não deixe nas mãos dos próprios doentes a solução de suas aflições. Cultura suicida, que entrava em decadência... por força de campanha sistemática, tende a se revigorar... Tamo na mão de calango!

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook