Você também brigou com amigos, colegas e, até ou principalmente, com familiares, por causa da nossa acirrada disputa eleitoral? Eu quase, com um amigo e, logicamente, via WhatsApp.
O país quase rachando e se digladiando por causa de partidos ou por antipatia aos presidenciáveis em ringue virtual. E as questões fundamentais de resolução de problemas tão arraigados em nossa desproporcional sociedade ficando a ver navios, em via exclusiva virtual. E na real: ficaremos a ver navios?
Muita falta de respeito ao outro - candidatos e cidadãos eleitores - é o que se viu em um país democrático, mas no qual, pouca gente ainda entende o que é democracia. Estamos caminhando a passos lentos, afinal serão apenas 125 anos de República, dia 15 de novembro agora. E de civilidade?
Protestos legítimos (e depois, infelizmente, um pouco deturpados) foram vistos e assistidos em nossas ruas e na mídia nacional e estrangeira contra os gastos nas Copas das Confederações. Deu orgulho de ser brasileiro!
Mas, e contra a Copa? Na hora do “vamos ver”, pulamos fora?
Devemos aprender a não só bradar, mas a tentar resolver, efetivamente, nossas disparidades. Afinal, a previsão é de tempos difíceis e arrochados que virão - e acredito que, independente de quem “ganhasse”: coxinha ou petralha.
No entanto, é preciso entender que o pleito eleitoral não foi uma luta. Foi uma escolha. E toda a escolha tem suas consequências. E, o que devemos é não deixar de acompanhar e reivindicar, afinal e no fim das contas, não somos os “alvos” e, sim, os cidadãos de um país que precisa se conscientizar.