Há quatro domingos, o Fantástico exibiu reportagem sobre uma mãe brasileira, cujo filho, Brian, se tornou um radical do Estado Islâmico. Um rapaz novo, saudável e que fazia sua mãe chorar de modo degradante no vídeo e – além dos minutos da matéria global – sofrer uma dor terrível ao acreditar que sua “cria” se tornou um terrorista.
“O futuro a Deus pertence?”
Um rapaz que teve oportunidades e estudos, mas que ao sofrer uma decepção pessoal, resolveu seguir outro caminho. Caminho de “pedras”? Pedras jogadas aos outros. Pedras atiradas pelas mãos da intolerância. Pedras que estilhaçam o coração de Rosana.
Não raras vezes pensamos “Coitada da mãe!”, ao sermos noticiados de tantas adversidades de filhos presos e/ou envolvidos, cada vez mais cedo, com tanta “droga”.
Isso porque, nas noites insones em que acalentamos no colo nosso bebezinho frágil, carente de amor, atenção e cuidados, como é que nós – mães – iremos imaginar que aquele anjinho poderá se tornar um radical de um grupo extremista mais brutal do mundo, um desumano decapitador de cabeças?
Nenhuma mãe cogitaria!
Por que “o futuro a Deus pertence”?
E quem não segue os caminhos de Deus? E quem, no meio do caminho, perde a fé?
Brian era católico, alegre e esportista. O que o levou, então, a mudar de vida?
Por que será que muitos filhos não percebem que, ao largarem o bico e, tempos depois, se embrenharem por tortuosos caminhos, podem estar deixando as mães em um execrante beco sem saída?