Reação de políticos frente ao formigueiro

01 de Julho de 2013
Jornal O Liberal

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Os últimos dias, no Brasil, trouxeram fenômeno social dos mais significativos, que tem mexido com o brio até de brasileiros, a ponto de despertar os mais apáticos e acuar os que, de fato, merecem ser postos contra o paredão, se a situação vergonhosa deste país não os sensibiliza. Quem já testemunhou ataque, ou dele foi vítima, por parte de formigas em correção, entende bem a nova situação dos congressistas, em Brasília, que - diga-se de passagem - deve ser estendida a todos os políticos em território tupiniquim. Saem de posição cômoda, nababesca, quase permanente veraneio e dançam miudinho, acossados pelo clamor das ruas. É transição da tranquilidade ao desespero, por quem se descobre no meio da correção de formigas. Assim como ao despertar de sono profundo, o infeliz demora a perceber o que acontece; sacode-se, contorce-se, pula e só depois de bem picado sai a correr. Só que os políticos não podem correr; só podem e devem resolver. Pela primeira vez, o Congresso Nacional dá sinais de funcionamento, paradoxalmente, quando congressistas se preparavam para o recesso, que poderá ser adiado ou suprimido; corrupção se torna crime hediondo, contra a vontade interior de muitos dos que legislam; armação para impedir investigação por parte do Ministério Público é derrubada; e tarifas do transporte público caem, em todo o país. O formigueiro humano, em protesto nas ruas e rodovias, sabe o que quer e não deve desistir, enquanto não conseguir dos políticos a moralização, na área em que atuam, a partir de mudança de comportamento de cada um deles próprios.

Em Ouro Preto, galinha continua a ciscar pra trás!

Enquanto, em todo o país, respostas são dadas às verdadeiras queixas e denúncias da população com relação ao transporte público, no município de Ouro Preto, embora tenha havido recuo na majoração de tarifas, prossegue a maldade contra idosos e portadores de deficiência com necessidade de atenção especial. Os novos veículos, com apenas três assentos à frente, não atendem o segmento em questão. Além do deslocamento, em pé, usuários nessa condição não contam com segurança no espaço, também usado por usuário em preparo de desembarque. E, numa tarde desta semana, jovem com menos de vinte anos, possivelmente funcionário da empresa, ocupava o assento ao lado motorista. Ó cara pálida! Com tamanha cara-de-pau deves estar a treinar para seres político, pois não?

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