Repúblicas estudantis: Ouro Preto não é a casa da Mãe Joana!

26 de Novembro de 2011
Jornal O Liberal

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*Flávio Andrade

Cresce a cada dia o conflito entre algumas repúblicas estudantis e os seus vizinhos. Moradores da Bauxita e do Centro Histórico não aguentam mais. Som no talo até as 5 da manhã, porta batida na cara de fiscais da Prefeitura, consumo de drogas, agressão a moradores próximos e destruição de bens públicos. Isto é o que fazem pessoas que vieram a Ouro Preto para estudar.

O que podemos esperar de um profissional que se forma com esta folha corrida? O que podemos esperar de uma elite privilegiada (só 4% dos brasileiros chega à universidade!) que agride quem paga os seus estudos? O que os outros 96% do povo que paga impostos pode esperar de um meliante destes?

E você sabe quem acaba tendo que pagar as multas das repúblicas federais pela bagunça? Nós, palhaços e babacas, que pagamos impostos e temos que levantar cedo pra trabalhar, pois a casa é do Governo Federal e ele vai a pagar a multa com nosso dinheiro. A UFOP, inclusive, está inadimplente com o Município por que não concorda em pagar estas multas.

Todos reconhecemos a importância da UFOP, do seu crescimento, da ampliação das vagas, dos recursos financeiros que ela e os seus alunos trazem pra cá. Sabemos do compromisso da Direção da Universidade com a nossa região e dos importantíssimos projetos da instituição para melhorar nossas condições de vida. Temos certeza de que a imensa maioria dos estudantes são sérios e cumprem o seu papel.

Mas, infelizmente, há uma banda podre que atrapalha tudo isto. Eles não respeitam quem os acolhe. São pessoas que estudam de graça, pagam dois reais por uma refeição balanceada no bandeijão, moram às vezes em casa do Governo e vêm perturbar o nosso sono!!!

São falsos estudantes, que não merecem sentar nos bancos de uma universidade pública. São a escória da UFOP.

Esforços estão sendo feitos pela comunidade da Bauxita, pela Direção da UFOP, pela Prefeitura, pelo Ministério Público e pela Câmara para mudar esta situação. Se nos unirmos, a bagunça pode acabar. Acho que uma medida interessante seria a UFOP mandar uma cartinha para os pais dos baderneiros informando o que o filho deles faz por aqui. Da minha parte, estou propondo mudanças na lei municipal do silêncio para enquadrar as repúblicas.

O mandato que tenho me dá direito de dar algumas sugestões a estes baderneiros. Voltem pra sua cidade e façam zona na sala da casa do pai e da mãe de vocês! Nós não queremos vocês aqui! Vocês não contribuem em nada para nossa cidade. Vocês só dão prejuízo ao Governo e amolação para os ouropretanos. Deixem-nos em paz.

* Vereador do Partido Verde

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