Se o problema ajuda, para que solução?

07 de Julho de 2016
Jornal O Liberal

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Combate-se a corrupção, corruptos e corruptores onde políticos e empresários são investigados, presos e condenados. A sociedade acompanha, apoia e cobra rigor contra os achados culpados, incluindo-se aí a cobrança de restituição dos recursos públicos surrupiados. Entretanto, da parte dos governos não se veem ações destinadas à redução dos custos da máquina pública. Os vícios de governo continuam, nas três esferas, a ponto de cidadãos menos atentos já perceberem o que se passa. Nem sempre a solução de um problema convém ao governo, pois é por meio do mesmo problema que se consegue encher as burras esvaziadas por administrações incompetentes.

Daí espolia-se o povo por meio de multas sistemáticas, um dos meios usados para compensar o que a irresponsabilidade governamental deixa ir para o ralo. Entende-se agora porque não foi dada solução definitiva aos problemas decorrentes da interferência da Rodovia dos Inconfidentes (BR-356) no trânsito local. Foi usada até a figura de um vice-presidente da República, doente, que anunciou, a pedido de terceiros, a duplicação do trecho dentro de Cachoeira do Campo; promessa vã, mas que servia para iludir os simplórios.

Políticos sabem como manter o povo enganado! Muitas manifestações populares e reuniões, incluindo-se Audiência Pública da Assembleia Legislativa foram feitas, mas nada resultou, senão o paliativo dos quebra-molas, recurso mais antipático, que representante do próprio DNIT, numa das reuniões, disse ser inaplicável, porque não estaria dentro da política daquele órgão. O paliativo serviu para abaixar a onda de reclamações populares, enquanto o governo mantinha o ponto nevrálgico, para dele se valer em momentos de caixa baixo. Viatura da Polícia Rodoviária se posta à margem da rodovia, lado oposto da Praça Coronel Ramos, para multar veículos naquela interseção.

Condutores incautos que fazem conversão direta, naquele ponto, são sistematicamente multados, mas em nenhum momento os policiais descem do veículo para ajudar nalguma eventualidade, própria de tráfego intenso, como naquele cruzamento. Nem pedestres são orientados! Sabe-se que os policiais não agem por conta própria, mas seguem instruções vindas de cima, onde se postam os que não querem soluções, mas arrecadação acima de tudo. E isso não seria também corrupção?

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