Também das autoridades só se ouve zoeira

29 de Setembro de 2014

Jornal O Liberal

Abuso do som, independente da intensidade decibelimétrica, prossegue em sua ação de arruinar ouvidos e comprometer sistema nervoso, embora digam as autoridades que o problema está sob rigoroso combate, incluindo-se apreensão de veículos entre equipamentos ligados na faixa da intolerância sonora. Fala-se muito, age-se pouco ou absolutamente nada, malgrado atitude de desafio e deboche desse gênero de infrator. Acabava de ser lida, em jornal, notícia de que as autoridades municipais ouro-pretanas intensificam o combate ao som abusivo, quando veículo com sons graves a extrapolar agudos fez chacoalhar vidraças e assustar quem estava por perto. O fato se registrou nas barbas de policiais militares, sem qualquer reação contrária ao abuso cometido! Mas, como a atenção administrativa se concentra sobre o próprio umbigo municipal, ou seja, o distrito-sede, as medidas de combate não ultrapassam seus muros, deixando abandonado, à barbárie, o restante do município. Da parte de infratores, tudo se faz nos distritos secundários, pois falta fiscalização e ação policial de competência do município. Da Guarda Municipal, em Cachoeira do Campo, só existe a sala trancada, na estação rodoviária, outro equipamento municipal entregue às moscas, que não precisam se sentar. Teme-se que da omissão de uma lado e da impunidade de outro possam brotar desespero e revolta, capazes de fazer com as próprias mãos, indo além do que diz a Lei e faz a Justiça. Aí será o caos! Sozinho estará o “justiceiro” na cadeia, que pagará por demais pecadores, do vértice, representado pelo CONTRAN e DENATRAN, à base da pirâmide, formada por autoridades municipais e órgãos como “outrostrans”.