Tiradentes, um símbolo da libertação nacional

27 de Abril de 2016
João de Carvalho

João de Carvalho

DEPOIS de 224 anos, a história nos remete ao tempo da inconfidência. Um fato fere a nossa sensibilidade patriótica, imediatamente, nestes termos: - “A 15 de março de 1789, apresentou-se no Palácio de Cachoeira do Campo, um homem estranho, de porte orgulhoso e altivo, olhar duro de crueldade, no qual resplandeciam disfarçadas ambições. Era um dos devedores do Erário, por atraso dos pagamentos dos “quintos”. Metera-se na conspiração de Vila Rica , apanhara-lhe todos os segredos e planos e pretendia deles fazer o capital de sua fortuna com perdão de sua dívida. Chamava-se Joaquim Silvério dos Reis. Recebido pelo Governador, traiu os conspiradores, delatando-os”. (História do Brasil, FTD).

Ciente de que a revolução começaria quando principiasse a “derrama”, Barbacena mandou suspendê-la e recomendou a Joaquim Silvério que continuasse a participar da conjuração, para lhe trazer informações a respeito de tudo o que fosse sendo planejado. A infâmia deste espião traidor não para na sua delação. Continua seguindo Tiradentes que havia viajado para o Rio de Janeiro. Lá encontrou o esconderijo de Tiradentes, indicando-o aos policiais, que o prenderam e metido em um calabouço na Ilha das Cobras. Os fatos continuam!

O PIOR aconteceu. Os conjurados tiveram a comutação da pena máxima, menos Tiradentes que fora condenado à forca, devendo sua cabeça ser levada à Vila Rica e exibida num poste!

_“Era 21 de abril de 1792. Belo sábado de céu azul sobre a paisagem das florestas e do mar. Toda a tropa disponível, inclusive a da guarda do vice – rei, formava, com uniformes de gala. Às sete e meia da manhã, o algoz entrou na prisão para vestir em Tiradentes a alva dos condenados e pôr-lhe a corda ao pescoço. O carrasco pede-lhe perdão pela morte que lhe iria dar. Tiradentes responde-lhe: amigo, deixe-me beijar-lhe as mãos e também os pés. O verdugo chorou comovidamente. Ao despir-se, Tiradentes tirou também a camisa , dizendo que , por ele, também Jesus morrera assim. No campo da Lampadosa, o condenado subiu os degraus do patíbulo, com firmeza e serenidade” (ibidem).

EM SUMA, após este espetáculo de barbárie e covardia, resta-nos a ideia de Tiradentes que incendiou o Brasil. A história continuou, com a independência em 1822, com Dom Pedro I, neto da louca rainha. Que o sacrifício de Tiradentes inspire nossos políticos na defesa e na dedicação às causas legítimas de nossa pátria, e não sucumbam aos crimes de corrupção, em qualquer uma de suas modalidades penais. Não envergonhem a memória do mártir da independência nem decepcionem ainda mais a sociedade brasileira.

(Acesse: www.leiturahobbyperfeito.blogspot.com.br)

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