Um cirurgião e o santo sudário

02 de Junho de 2017
João de Carvalho

João de Carvalho

OS EVANGELISTAS narrando a Paixão do Senhor dizem que Ele foi flagelado, coroado de espinhos e crucificado. Pois bem, o competentíssimo Dr. Pierre Barbet, médico do Hospital São José, de Paris, dedicou-se por vinte anos sobre estes detalhes dos sofrimentos de Cristo, tendo por base o Estudo do Santo Sudário, à luz da ciência.

Foram feitos superestudos, experiências anatômicas, pesquisas arqueológicas e escriturísticas, tendo como base imediata o Santo Sudário (a mortalha em que o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo foi envolvido, ou seja, um lençol). Esta peça foi estudada em seus mínimos e autênticos detalhes, abstraindo-se de toda ideia de fé e piedade cristã, coisa sagrada como talvez, nenhuma outra”.

Os mais destacados peritos debruçaram-se no estudo, no exame desta grande relíquia, certamente, a maior e mais valiosa do cristianismo Concluiu-se que se trata, segundo o médico, o Sudário uma peça de linho de 1,10m de largura por 4,36m de comprimento. E que “o tecido está perfeitamente em seu lugar no tempo de Jesus”.

O LIVRO de Pierre Barbet, ‘A Paixão de Jesus Cristo Segundo o Cirurgião’, começa pela análise do Santo Sudário e encerra-se com a Paixão Corporal de Jesus. O capítulo II fala sobre arqueologia e crucifixão; o III descreve as causas da morte rápida; o IV sobre os sofrimentos preliminares; o V sobre as chagas das mãos; o VI sobre as chagas dos pés; o VII sobre as chagas do coração; o VIII, descida da cruz; IX, sepultamento; X, o crucifixo e o crucificado; XI, conclusões. O livro apresenta também, um índice composto por 25 gravuras ilustrativas, tiradas na visão de 1931 pelo comendador G. Enrie, de Turim, fotógrafo oficial da Relíquia.

Faço minhas, as palavras que encerram este extraordinário e claríssimo livro. “Agradeço a Deus, que me deu força de escrever tudo isto até o fim, não sem lágrimas! Todas estas dores espantosas que acabamos de viver, Ele, durante toda a vida, já previra, premeditara e quisera em Seu amor, para resgatar nossas faltas. – Foi entregue porque Ele próprio o quis (Is 53,7). Dirigiu toda Sua Paixão sem evitar uma única tortura, aceitando suas consequências fisiológicas, mas sem ser dominado por elas. Morreu quando, como e porque quis. Jesus está em agonia até o fim dos tempos. É justo, é bom sofrer com Ele e, quando nos envia a dor, agradecer-lha, e associá-la à Sua. É necessário a nós como escreve São Paulo, completar o que falta à Paixão de Cristo, e, como Maria, Sua Mãe e nossa Mãe, aceitar alegremente, fraternalmente nossa Compaixão.”

EM SUMA, recordo-me dos filmes:“Jesus de Nazareth” de Franco Zefirelli, em 1977; de “Os 10 Mandamentos” feito por Cecil B. DeMille, em 1956; de “A Paixão de Cristo” realizado por Mel Gibson, em 2004; de “Bem Hur” de William Wyler, que ganhou 11 Oscars, em 1959. Haverá um remake de “Ben Hur”, em 2017, sendo que Rodrigo Santoro (ator brasileiro), será intérprete de Jesus. Todos estes filmes retratam a Paixão de Cristo. “Cristo veio ao mundo para mudar as pessoas e não para explicar as coisas” (Frei Cata Lamessa). (Acesse: leiturahobbyperfeito.blogspot.com.br)

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