Vergonhosa violência contra a mulher

14 de Abril de 2016
João de Carvalho

João de Carvalho

O SER MAIS FRACO foi sempre o mais sacrificado, na conturbada vida humana. Esta situação vem se arrastando através dos séculos. Sofrendo toda sorte de discriminação, a mulher lutando sobrevive contra todas as situações adversas. Nos mais variados setores da vida em sociedade, ela marcou presença na solução de todos os problemas, quer simples, quer complexos. Lutou contra a submissão familiar, sem jamais se afastar de suas obrigações domésticas. Bateu-se contra a diferença de sexo considerado fraco (sem ser), até alcançar a igualdade de valor. Na luta pela vida própria e da família, tornou-se mais forte que o homem. Desfeita a sociedade conjugal, jamais abandonou a família, pelo contrário assumiu a responsabilidade de criá-la com seu próprio serviço. A grande e decantada rainha do lar, jamais se eximiu de enfrentar as dificuldades da vida. Muitas vezes abandonada pelo marido assume com honra e dignidade o sustento dos filhos (as), sem jamais se entregar. Alimenta, veste, cura, abriga, educa sempre com todo carinho e atenção toda sua prole. Sem receber salário, como dona de casa, desafia os problemas diários, com muito carinho e amor. Esta figura central da vida humana tem sido vítima das causas mais absurdas e criminosas. A mulher em geral sofre agressões aos seus direitos mais importantes de sua existência. Senão, vejamos:

“QUADRO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM 2014:

Pai agressor contra: crianças, 4.758; adolescentes, 2.633; idosas, 18; adultas, 272; jovens, 476; total 8.157.

Mãe agressora contra: crianças, 6.849; adolescentes, 2.694; idosas, 52; adultas, 348; jovens, 438, total 10.381.

Padrasto agressor contra: crianças, 1.576; adolescentes, 1.273; idosas, 3; adultas, 83; jovens, 292; total 3.227.

Agressor amigo – conhecido contra: crianças, 488; adolescentes, 748; idosas, 176; adultas, 1.349; jovens, 1.037; total: 3.798.

Agressores desconhecidos contra: crianças, 2.523; adolescentes, 5.257; idosas, 485; adultas, 4.554; jovens, 3.732; total 16.551.

Agressor cuidador contra: crianças, 275; adolescentes, 71; idosos, 216; adultas, 49; jovens, 29; total 640.

Agentes da Lei agressores contra: crianças, 21; adolescentes, 97; idosas, 11; adultas, 156; jovens, 132, total 417.

Agressores outros, contra: crianças: 2.906; adolescentes, 1.853; idosas, 1.080; adultas, 3.245; jovens, 1.944; total: 11.028...

(Fonte – Mapa da Violência 2015. Homicídio de mulheres no Brasil).

EM SUMA, chega de violência, é preciso que seja aberta uma porta de acolhimento a favor da mulher, em todas as idades. Elas são partes essenciais de nossa vida em sociedade.

Segundo a concepção criacionista dos seres humanos, ela procede da parte mais nobre do homem, quando Deus a fez formando o primeiro casal humano. Eva foi seu mais primitivo nome. Sua geração ao lado de Adão multiplicou-se como as estrelas do céu ou como os grãos de areia do mar. Precisa de maior nobreza e dignidade que esta? Hoje são maioria nos cursos universitários. Elas avançam sobremaneira no cuidado e sustento da família. Elas mantêm a primazia no setor educacional, especialmente no ensino fundamental e básico. Entretanto, falta-lhe a proteção de muitos de seus companheiros. A decantada lei Maria da Penha, embora boa, não é suficiente para garantir sua integridade física. A lei penal criou o termo feminicídio para identificar o crime contra a mulher. Mas, o mais importante para ela seria o reconhecimento de seus méritos na criação e educação dos filhos, sem descurar de suas obrigações conjugais. É preciso protegê-las sem sacrificá-las!

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