A semana da injustiça e do amor

14 de Abril de 2016
João de Carvalho

João de Carvalho

_Os psicólogos dizem, com ênfase, que há, no íntimo de nosso ser, cinco necessidades básicas, que ousamos comentar: _

1ª) SEGURANÇA: nas circunstâncias de tantos perigos que nos rondam, ameaçam e nos agridem, a gente clama por segurança que não depende somente da nossa previsão. A cada passo que a gente dá, principalmente nas grandes cidades, sente a possibilidade de algo que pode mudar o sentido da vida da gente. Estamos vivendo uma época de grande insegurança, que ameaça a vida do cidadão, constantemente. O perigo está em cada esquina, seja no trânsito, seja na atuação perversa e ousada de assaltantes. A mais exigida atitude do cidadão, parece-nos, que é a atenção. Sem ela, corre-se maior risco. A ausência da vigilância policial aumenta também a preocupação de cada momento.

2ª) RECONHECIMENTO: desconfiando-se da situação de perigo, é necessário entrar em contato imediato com a autoridade mais próxima em busca de proteção. Normalmente a polícia. O prevenido vale por dois, quando possível. É necessário reconhecer que a reação, quando se está em perigo (caso de assalto) pode desencadear um mal inesperado, maior que o suposto. Não compensa reagir. É perigoso. O bandido (ladrão ou assassino) está sempre precavido e aproveita, com vantagem do elemento surpresa, para desencadear a ação.

3ª) AMOR: precaver-se é um dever e uma necessidade. Esta palavra amor o bandido não conhece. A lei da vantagem na ação é a única que interessa. Usando da surpresa, ele despe a vítima da possibilidade de sua autodefesa. Assim, a atitude mais correta, segura e imediata é a não reação. É preciso lembrar da teoria de Ghandi!

4ª) AVENTURA: a reação só é possível em determinadas circunstâncias (não em todas), mesmo assim, por pessoas altamente conscientes de sua atitude, ante ao imprevisto. A aventura, sem precisão exata e convicta do sucesso, não pode ser de qualquer um que esteja sendo desafiado pelo bandido que usa e abusa do elemento surpresa e da disposição de meios, armas para o ataque imediato. Todo cuidado é pouco!

5ª) CRIATIVIDADE: Conversar, se possível, é um caminho viável. A atitude mais correta é atender à imposição do agressor, que está preparado para o ataque, sem medir consequências. Quem usa desta ação criminosa age com premeditação alicerçada no interesse da vantagem pessoal, confiado na habilidade e no elemento surpresa contra a vítima.

EM SUMA, o maior mártir da humanidade dialogou com seus adversários, mas jamais se opôs à vontade de seus agressores, quando agredido, quer no horto das oliveiras, quer na frente de Pilatos, quer na escolha de Barrabás, quer ao ser açoitado, coroado de espinhos, escarrado na face pelos soldados enfurecidos, quer ao ser zombado pelos seus adversários religiosos ou políticos, quer ao ser pregado na cruz, quer ao ser zombado por Gestas o ladrão impenitente, quer ao ver sorteada a sua túnica, quer ao ser lanceado no coração pelo soltado Longino. Sua atitude foi enfrentar os fatos, as dores, os sofrimentos, a morte com dignidade e muito amor à humanidade, cuja redenção era o fim de sua vinda à terra. É preciso que miremos neste modelo de homem consciente de sua missão salvífica. Obrigado, Senhor Jesus, pelos seus divinos ensinamentos, para as horas mais difíceis e imprevistas da nossa vida.

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