Violência gera violência

29 de Julho de 2016
João de Carvalho

João de Carvalho

ESTAMOS vivendo um estágio no mundo em que a violência está em evidência. Os exemplos vêm constantemente de autoridades, das classes, dos indivíduos e das pessoas que não conseguem suportar provocações. Os grandes problemas sociais, mal vividos ou mal solucionados desencadeiam atitudes incontroladas de chefes, de organizações ou de pessoas em suas reações. Há várias nações que não sabem e não estão preparadas para a solução de seus problemas, gerando situações ou ações de violência com sacrifício máximo de suas populações. O povo sofre as consequências desastrosas de seus governantes, mal preparados e prepotentes. O poder sobe à cabeça e pela força exerce o domínio, sem freio, de todos os subordinados. Os governos, especialmente ditatoriais, deixam-se levar pela ganância, pelo lucro fácil, pela independente posição que ocupam nos altos e privilegiados cargos que detêm. Doa a quem doer, desde que a dor não os atinja, nem aos seus. Com que facilidade – normalmente há custos monetários – fazem proselitismo em seus governos viciados, corruptos e corruptores. Daí surgem as quadrilhas de malfeitores, de sanguessugas, de assaltos aos cofres públicos, de aproveitamento dos cargos que exercem para saquear a nação, o estado, os municípios.

TUDO em nome do seu bem-estar, de sua promoção, de sua ostentação monetária, de seu conforto e de seus dependentes, impiedosamente. Basta que eles, os beneficiados criminosos, estejam de bem com a vida, com gastança, alto luxo, gozando de conforto sociomonetário. Que se danem os mais fracos e necessitados, é o princípio de sua filosofia social confortada, baseada no luxo e no poder.

Ora, uma população sofrida e sacrificada sonha com uma desforra, daí a luta, o revide, em busca de uma pseudojustiça baseada na revanche, sem observar as regras, as normas, as leis firmadas pelo direito. Daí a falsa justiça praticada com as próprias mãos, ignorando-se os princípios das normas penais do Estado. O Direito Penal, segundo os melhores juristas é “O conjunto de princípios e leis destinado a combater o crime e a contravenção penal mediante a imposição de sanção penal”. De tanto ver crescerem as nulidades, a começar pelos delitos mais comuns e corriqueiros – como nos crimes de trânsito; de tanto ver triunfar a injustiça e a falta de responsabilidade de profissionais violentos, algumas pessoas passam a sentir vergonha de ser honestas. Há pessoas que não medem as consequências e se atiram à vingança de atos facilmente controláveis pelo bom senso. Deixam-se levar pela exaltação viciosa de suas mentes incontroladas e buscam na vingança a restauração de seus pretensos direitos, esquecendo-se de que o crime (o revide, a resposta) de vingança é a pior de todas as atitudes revanchistas, porque são sempre premeditadas. E, onde há premeditação para a violência, há maior consciência para caracterização do ato proibido pela lei.

QUEM VINGA percorre, com antecedência, todos os caminhos formadores do ato criminoso consciente, que são: a preparação, a ação, a execução, portanto passível de ser evitada. Mas, a satisfação move o ânimo insaciável do autor do revide, por isso a violência gera a violência. (Acesse: leiturahobbyperfeito.blogspot.com.br)

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