Voto biométrico na eleição de 2016

01 de Março de 2016
João de Carvalho

João de Carvalho

VOTO é coisa sagrada. Ele decide o destino dos candidatos a cargo eletivo. Como instrumento democrático tem o poder de apontar, nas urnas, o futuro do candidato. A palavra candidato vem de “candidus”, vocábulo latino que significa cândido, puro, limpo, portanto o ideal para a missão a que se propõe. O eleitor quer no poder pessoa que honestamente se propõe (e de fato realiza) lutar pelo bem comum, ou seja, o interesse da comunidade que o elege. Este ano o voto biométrico será obrigatório em 72 Comarcas e em outras 56 cidades, entre elas Belo Horizonte, cuja votação será mista, ou seja, com identificação tradicional e biométrica. Segundo se lê no jornal “Decisão” da magistratura mineira “No Brasil, a votação biométrica foi realizada nos municípios de São João Batista (SC), Fátima do Sul (MS) e Colorado do Oeste (RO). Em Minas Gerais, o sistema foi utilizado inicialmente em 2010, nas Comarcas de Curvelo, Ponte Nova e São João del Rei”. O Brasil já viveu a época submissa do voto de Cabresto e do voto de Curral, com total e plena dependência dos coronéis e dos ricaços, os chefes poderosos que ofereciam o beija-mão incondicional a seus súbditos, exigindo total obediência às suas ordens. Desobedecê-los era verdadeiro crime de lesa-majestade.

EIS, a história da Eleição no Brasil: 1532 – Primeira Eleição: Vila São Vicente (SP);

1822 – Primeira Lei Eleitoral; 1.855 – Voto Distrital; 1881 – Voto Direto; 1932 – Criação da Justiça Eleitoral; 1937 – Extinta a Justiça Eleitoral; 1950 – Instituída cédula única de votação; 1976 – Lei Falcão restringe propaganda eleitoral; 1982 – Restabelecido voto diretor para governador; 1996 – Início da informatização do voto; 2000 – Uso em massa da urna eletrônica; 2008, Primeiro teste biométrico.

O VOTO BIOMÉTRICO (através de conferimento de digitais do eleitor, que precisa ser cadastrado) é uma inovação superatual dado como um verdadeiro instrumento para o exercício da democracia brasileira. Há duas atitudes reprováveis relativas ao ato de votar, escolher, eleger os candidatos:

1) A COMPRA DO VOTO. Talvez você nunca tenha votado em ninguém por dinheiro. Neste caso, a gente focaliza a desonestidade do candidato corruptor. Para ele não há limite de consciência, sua finalidade exclusiva é vencer a qualquer custo. Entendo que são minoritários os políticos que tentam ou compram eleitores. É preciso dar a César o que é de César, e, à Pátria o que é da Pátria. A Pátria quer que todos cumpram o seu dever, com honestidade, através do voto consciente, livre, inegociável. Caso contrário será o eleitor responsável pelos mensalões, petrolões, anões do orçamento, máfia dos sanguessugas e outros bichos desprezíveis da indecência política corrupta, que desencadearam na operação Navalha, na operação Voucher, Lava Jato, Catilinária e Zelote.

2) VENDA DO VOTO. O extraordinário Juiz de Direito, titular da 58ª Zona Eleitoral do Maranhão, Márlon Reis, em seu livro “O Nobre Deputado”, escreveu que, infelizmente, “todo mundo tem seu preço”, porque “Hoje, a liderança é a força do dinheiro... é necessário reservar verbas menores ou maiores, calcular sabiamente a partilha dos recursos angariados. O negócio é matemático. A Política é matemática”.

RUI BARBOSA é a síntese do pensamento, quando escreveu que “A politicalha é a malária dos povos de moralidade estragada”.

(Acesse: www.leiturahobbyperfeito.blogspot.com.br)

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