Zoeira Universal

15 de Junho de 2013
Jornal O Liberal

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Segundo dito popular, “imundície, quanto mais mexida, mais fedida”, mas não é por isso que se deve calar diante de abusos no uso do som eletrônico, que se redobram a cada vez que o assunto é trazido à tona. A defesa do direito ao sossego, individual e/ou coletivo, não se prende unicamente ao incômodo provocado por ruídos excessivos, especialmente os de natureza eletrônica. Não é só porque o som alto, na rua ou na casa do vizinho, impede ou prejudica conversas, dificulta execução de trabalho, impossibilita audição ou execução de música, prejudica desenrolar de reuniões e até realização de ofícios religiosos. A prática é condenável, não só pelas razões enumeradas, mas, sobretudo porque é extremamente prejudicial à saúde humana, em especial ao sistema nervoso. Grande parte da violência pode ter como causa a alteração do humor, decorrente do som excessivo. Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, esses abusos motivaram Projeto de Lei, que pretende lhe por um basta. A Prefeitura de São Paulo promulgou lei que proíbe o som automotivo, quando o veículo está parado, em qualquer local. Em movimento, os “jecas do asfalto” paulistanos continuam a “fazer a festa”, mas já é um consolo para o cidadão tê-los silenciosos à porta de casa, à porta de bares e restaurantes, na pracinha, ou nas proximidades de eventos em curso. No município de Ouro Preto, se relógio não anda pra trás, galinha cisca pra frente! A Lei criada recentemente é letra morta, fiscalização não existe ou não cumpre suas funções, e, as autoridades empurram o problema entre si. Instalada a omissão na casa dos que devem porque podem, pior fica no terreiro, entre gatos e lagartos, cada um a fazer o que lhe dá na telha. Para mais perturbar e irritar, veículos dos “jecas do asfalto” circulam em velocidade abaixo do normal e sub woofer nas alturas, só reduzindo este ou desligando quando, ao longe, é vista viatura policial. E a comunidade ordeira, trabalhadora e fiel à Lei, que se dane! Não pode reagir porque a lei não permite e se recorre aos que podem e devem, estes se fazem de cegos e surdos. E o reino da zoeira se torna “universal”, pois “jecas do asfalto” passam a ter concorrentes com propaganda religiosa fora do horário permitido por lei. ONDE DORMEM AS AUTORIDADES OURO-PRETANAS?

Posto de Saúde onde Judas perdeu as botas

Da distinta Bocaina, comunidade à beira da Rodovia dos Inconfidentes, que antecede o distrito de Rodrigo Silva, chegam reclamações dando conta de que o atual posto de saúde, além de datado e precário, tem péssima localização. Cidadãos perguntam se não haveria imóvel mais central, que poderia ser alugado pela prefeitura, ou mesmo um projeto novo não seria viável? Os pés calejados da população agradeceriam.

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