Alunos das escolas itabiritenses recebem lição de respeito às diferenças inspirada na Disney

Itabirito,
28 de Outubro de 2016

Funcionários e alunos da Apae apresentam peça de teatro baseada no filme Procurando Dory

Cerca de 200 alunos de escolas itabiritenses estiveram na Casa de Cultura na última sexta-feira, 21, para dar um mergulho no fundo do mar. Eles aguardavam ansiosos para ver o Nemo e seu pai Marlin, os peixinhos palhaços mais famosos do cinema, além da carismática peixinha Dory. A história que encantou milhões nas telonas mundo afora foi trazida para os palcos de Itabirito por funcionários e alunos da Apae com o objetivo de demonstrar a importância de se respeitar as diferenças.

O idealizador da ideia é o professor Davi Procópio, que além de atuar na Apae, também é professor de teatro no Atelier de Artes Integradas. A ação faz parte da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que é celebrada em agosto, mas cujas comemorações foram adiadas na cidade. Fantasiados de peixes e outros animais marinhos, mais de 20 pessoas mostraram às crianças a importância de se respeitar as diferenças no dia a dia.

“Na peça nós temos um polvo com um tentáculo a menos, a Dory que é uma peixinha esquecida e outros personagens importantes. Por meio do teatro, a mensagem de respeito é transmitida de forma muito mais eficiente para a criança, pois ali no palco nos estamos personificando algo que elas conhecem e o teatro tem essa magia. A mensagem se fixa melhor na mente dos pequenos”, explica Davi.

Mais do que uma simples peça, o momento da apresentação é a culminância de um trabalho desenvolvido ao longo do ano. A Apae sugere que as escolas trabalhem temáticas ligadas ao filme e a questão do respeito às diferenças com os alunos antes de assistir ao espetáculo. Segundo Waldyra Salvador, diretora da Apae, há cinco anos a instituição comemora a Semana com peças de teatro. “Sempre trabalhamos um tema ligado à diversidade. As crianças respondem muito melhor à peça e quando lemos os trabalhos que elas fazem e ouvimos depoimentos, percebemos o quanto o teatro consegue tocar cada uma delas”, afirma.

A apresentação do dia 21 foi a oitava realizada este ano. Segundo Waldyra, cada espetáculo contou com a presença de cerca de 200 alunos. Portanto, no total, já são 1.600 espectadores para a história de Dory e seus amigos. Este ano, a Apae contou com recursos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) para montar cenário e figurino, que foram trabalhados pelo artista plástico Walter Martins.

Dedicação em tempo integral

No palco da Casa de Cultura não havia atores profissionais, exceto pelo professor Davi Procópio, mas não se pode dizer que são inexperientes. Quem encena os espetáculos da Apae são os próprios funcionários, além de alguns alunos, e no quinto ano de apresentações, o grupo já demonstra destreza. Para a psicóloga da Apae Anesca Oliveira, que encarnou a peixinha Dory, estar em cena foge à rotina do trabalho, mas é um prazer que gera frutos também na sua atuação como psicóloga.

“Consigo trabalhar os temas das peças nos meus atendimentos e isso é muito bom, pois ajuda na identificação. É possível abordar temáticas diversas a partir da peça, como por exemplo o bullying”, avalia. “Outro ponto positivo do teatro é acabar com o preconceito que existe contra a Apae. As crianças passam a identificar a instituição com essa coisa bonita e bem feita que é o teatro. Além de ser um grande prazer para nós que participamos”, conclui Anesca, que também já interpretou o burro na peça inspirada no filme Shrek, no ano passado.

Depois de assistir à peça, a monitora Lidiane Rocha, do Cmei Recanto Alegre, ficou tão encantada quanto as crianças com as quais ela trabalha, na faixa dos três anos. Segundo ela, é muito mais fácil trabalhar a atenção deles para questões importantes a partir do lúdico. “É emocionante ver os rostinhos deles prestando atenção. Conseguimos aprender muitas lições sobre união, amizade e respeito”.

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