Bandidos invadem escola e agridem funcionário em Passagem

Mariana,
20 de Abril de 2012

Nessa segunda-feira, dia 16, dois homens invadiram a Escola Municipal de Passagem e agrediram um funcionário. Os agressores, Leonardo da Silva Aparecido, e um menor de idade pularam a grade da escola e atacaram um funcionário com “pedras, socos e ponta pés”, segundo quem estava no local. De acordo com o relato dos presentes e do boletim de ocorrência, a agressão teria sido motivada por uma “intriga” feita por Sandra Maria do Nascimento, mãe de Leonardo.

Segundo o boletim, Sandra estava “bastante nervosa, demonstrando transtorno emocional”. Também consta que ela, naquele momento, “atrapalhava o trabalho dos funcionários”. Como ela “se encontrava bastante desequilibrada, pode ter contado alguma mentira ao seu filho Leonardo, o que o levou a agredir (...).” Ainda segundo o B.O., os autores, quando saíam da escola, “fizeram ameaças: ‘se chamar a polícia, a gente volta e mata um por um”.

Segundo o relato dos funcionários, o “desequilíbrio” de Sandra se devia ao corte de alguns dias do seu salário, pois ela “não trabalha todos os dias, trabalha quando quer”. Entretanto, o local de trabalho é diferente, uma quadra poliesportiva, que fica ao lado da escola. Sendo assim, o funcionário, que iria ser posteriormente agredido por Leonardo, conversou com ela e pediu que ela reclamasse com a pessoa certa, e não com os trabalhadores da instituição de ensino, que não tinham relação com o caso. Nessa discussão, ela o teria ameaçado: “eu vou chamar meus filhos, você me bateu”. Entretanto o relato de quem trabalha ali e as gravações das câmeras de segurança da escola desmentem a acusação, ou seja, ela (Sandra) não sofreu qualquer agressão física.

Isso teria acontecido de manhã. Na parte da tarde, ela teria se deitado na frente da escola, de tal forma que “todo mundo que passava ficava com dó”. Segundo as testemunhas, inclusive o SAMU foi acionado. Entretanto, após verificá-la, foi embora, deixando-a ali mesmo no local, da maneira como estava. Isso, por volta das quatorze horas e quarenta minutos.

De acordo com o relato daqueles que presenciaram a agressão, por volta das quinze horas e vinte minutos, Leonardo e o menor de idade foram falar com Sandra do Nascimento. Segundo as testemunhas: “acreditamos que ela, nesse momento, disse para os dois que (...) a tinham agredido”. A partir daí: “Nesse momento, eles (Leonardo e o menor de idade) vieram até a escola jogando pedras, pularam o muro e agrediram (...). Na hora em que aconteceu, havia crianças no pátio. As professoras que também estavam lá fora (junto com as crianças), se trancaram com os alunos nas portas dos fundos. Duas ficaram do lado de fora. E duas funcionárias entraram na briga para apartar. Após o ocorrido, os agressores foram embora ameaçando. O agredido ligou para a polícia, que o levou para a Policlínica”.

No dia posterior a agressão, por volta das 17 horas, os agressores foram presos em Passagem. Segundo o tenente Gláucio Damasceno, comandante da Polícia Militar em Mariana, o caso aborda uma “família toda desestruturada”. Nesse sentido, o oficial entende que “não é uma questão de polícia, mas é um problema social”. E reflete a respeito da desestruturação: “alguém tem que estar lúcido nessa história”. O caso de Leonardo não é novidade para os policiais. Ele estava em liberdade condicional, já tinha “passagem na polícia por tráfico de drogas”. O menor foi apreendido por ato infracional.

Onda de violência em escolas

Outro caso de violência ocorrida no ambiente escolar aconteceu no distrito de Cláudio Manoel, onde por duas vezes, aluno tentou matar professora. O menor teria chegado atrasado e com gritarias na sala, o que levou a educadora a pedir que ele baixasse o tom de voz. Entretanto, o que ela teria obtido como resposta foi uma tentativa de assassinato. O garoto tirou uma faca de sua mochila e foi em direção a ela. Impedido por colegas, foi encaminhado para casa por funcionários.

Em casa, após ser questionado pelo pai, o garoto dirigiu-se a cozinha, onde tomou uma faca de aproximadamente 20 centímetros, saindo em direção à escola. Lá, após ser avistado pela possível vítima, perseguiu a professora com a faca em mãos. Nisso, ela se trancou na sala da diretora, e o agressor desferiu vários golpes contra a porta.

Após conseguir entrar, foi novamente em direção à professora, tomando-a pelo braço, quando novamente foi impedido. Após o ocorrido, mesmo com a tentativa de fuga, o menor foi apreendido. Entretanto ficará em liberdade pelo fato de não haver um centro de detenção para menores infratores em Mariana.

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