Cachoeira se prepara para restauro da Matriz

Ouro Preto,
19 de Setembro de 2011

O prefeito Angelo Oswaldo, juntamente com o vice Dimas Dutra e o secretário de Agropecuária, Sebastião Evásio, anunciou o início da restauração da Matriz de Nazaré e saudou a comunidade de Cachoeira do Campo, durante a celebração da festa da padroeira. A convite do pároco, padre Oldair, o prefeito esclareceu detalhes da iniciativa, desde a liberação da verba, em dezembro de 2009, pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes, até agora, quando a Caixa Econômica Federal libera o início efetivo dos trabalhos, por meio da licitação da obra pela Prefeitura.

Apesar dos obstáculos burocráticos, explicou, as etapas foram vencidas e prevaleceu o objetivo maior do governo federal, através do Iphan, da Prefeitura de Ouro Preto e da Paróquia de Cachoeira de Campo de atingir a meta definida com relação a um dos mais importantes monumentos do barroco mineiro. Angelo lembrou que, no 21 de Abril, a própria presidente Dilma Rousseff pediu aos órgãos federais mais agilidade no caso. O prefeito também agradeceu o empenho do gerente da Caixa em Ouro Preto, o cachoeirense José Paulo Porto Silveira, no sentido da consolidação da obra.

O padre Oldair fechou a igreja matriz para que comece o processo de embalagem dos bens móveis e preparação dos trabalhos de restauro. As atividades religiosas serão realizadas em outros templos da Paróquia. A previsão do início efetivo dos trabalhos é para o mês de novembro.

Matriz do barroco mineiro

A igreja de Nossa Senhora de Nazaré é uma das mais antigas de Minas Gerais, tendo sido erguida no início do século XVIII. Guarda em seus altares a opulenta talha do estilo arquivoltas ou nacional português, que caracterizou a primeira fase do barroco mineiro. As igrejas desse período inicial foram quase todas alteradas, no correr do tempo, mas a de Cachoeira do Campo conservou o esplendor da talha original e a própria arquitetura dos primórdios.

É por isso mesmo considerada uma das mais importantes do patrimônio cultural do Brasil. Foi tombada pelo Iphan. As imagens e os objetos sacros de seu acervo, guardados em cofre forte, constituem igualmente um patrimônio maior de Cachoeira do Campo.