Em protesto, moradores de Mariana paralisam MG-262

Mariana,
22 de Junho de 2012

Manifestação organizada por associações de bairro, a Pastoral da Juventude e o Movimento dos Atingidos e Vítimas de Trânsito de Mariana e Ouro Preto paralisaram a MG-262, em protesto por constantes riscos e acidentes na rodovia. As comunidades de Mariana que aderiram ao movimento foram São José (Chácara), Cabanas, Cartuxa, Vale Verde e Santa Rita de Cássia. O protesto se deu na tarde do dia 11.

Segundo cartilha feita pelos manifestantes, paralisaram a rodovia “diante do risco iminente de morte dos pedestres, e até dos motoristas que circulam no trecho urbano dos cruzamentos para os bairros Chácara, Cartuxa e Cabanas, nas proximidades do posto do Raul, sob a responsabilidade do DER (Governo Federal) e do município de Mariana”, explica.

O DER é o Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais, órgão responsável em “assegurar soluções adequadas de transporte rodoviário de pessoas e bens, no âmbito do Estado, observadas as diretrizes definidas pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas – SETOP”, como consta no seu site. Entretanto, a opinião dos manifestantes é um tanto contrária a da expressa no veículo: “o descaso do Governo é grande. Mês passado dois jovens foram atropelados. Perdi um amigo semana passada”, dispara Welton Pimentel de Freitas, Leleco, morador de Ouro Preto.

De acordo com Leleco, medidas imediatas poderiam ser tomadas, como a presença da Guarda Municipal nos horários de pico, o que seria uma iniciativa a ser tomada pelo Executivo de Mariana. Além disso, o manifestante relatou que os problemas da região com trechos de rodovias federais não se restringem somente ao lugar do protesto. No município de Santa Bárbara, perto da rodoviária e, em Mariana, coincidentemente perto de um cemitério, o do Santana, os riscos seriam iminentes.

A Pastoral da Juventude (PJ) também atuou. Convocou seus membros para que participassem da manifestação. De acordo com Cristiano Vilas Boas, a PJ está em Campanha Nacional Contra Violência e o Extermínio de Jovens. Segundo o membro do movimento eclesial, “a gente defende a vida da juventude. Tudo que vai contra, a gente vai combater. Além das drogas, o trânsito é um dos grandes responsáveis pela morte de jovens”.

A chamada dos membros da igreja, segundo Cristiano, se deu seu por meio das associações, mais precisamente por Rita Dias, da Chácara. Presidente do conselho de bairro, ela se mostra descontente com a situação e comenta que o “problema maior é com os idosos”, mas não só, e relata: “uma senhora estava com crianças e um menino correu. Eu gelei na hora”, desabafa.

De acordo com Rita, agora é necessário aguardar uma resposta do Governo Federal. Mas independente dos resultados, enquanto cidadã, Dona Rita, como é conhecida em sua comunidade, já é uma vítima do trânsito. Relatou que em dezembro do ano passado, completou-se um ano do falecimento de seu filho caçula, morto em acidente no trecho.

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