Empresários desistem de negócio do Dom Bosco com os salesianos

Ouro Preto,
24 de Outubro de 2011

O movimento “O Dom Bosco é Nosso” recebeu auspiciosa notícia na última semana. Ao contrário do que se previa, na forma de longa demanda judicial, tendo como objeto reclamação da venda / compra, entre BII Desenvolvimento Imobiliário / Inspetoria São João Bosco, do imóvel conhecido como Dom Bosco, em Cachoeira do Campo / Ouro Preto-MG, teve a pretensão dos empresários não indo muito longe. Depois de mais de cem anos a funcionar como estabelecimento de ensino, o imóvel deixou de funcionar como tal e serviu, durante algum tempo, como misto de hospedaria e centro de convenções. Embora ferisse os objetivos originais, quando a congregação salesiana recebeu o imóvel das mãos do governo do Estado de Minas Gerais, o desvio não chegou a ser questionado oficialmente.

Contudo, ao se saber da “repentina” negociação entre a Inspetoria São João Bosco e a BII Desenvolvimento Imobiliário, grupo de pessoas saiu à frente em defesa daquele patrimônio histórico, edificado como maior quartel das forças de segurança da Capitania das Minas Gerais, no período colonial (onde serviu Tiradentes), passando a coudelaria real (D. Pedro II) e ao final da monarquia transformado em Colônia Agrícola D. Pedro II, cujo nome o governo do Estado, na República, trocou para Colônia Cesário Alvim, pouco antes da doação aos salesianos.

O movimento ganhou força de um lado, mas, como sempre, houve também o grupo que, ao largo, fica a criticar e tenta desestimular quem está na luta. As críticas e tentativas de desestímulo só fizeram crescer o ardor pela causa. E agora vem o tiro pela culatra contra os que viam (ou mesmo desejassem) o movimento fadado ao fracasso. Tendo o Ministério Público acatado os rogos da sociedade, representada pelo movimento “O Dom Bosco é Nosso”, Ação Civil Pública foi impetrada. Os argumentos apresentados pelo movimento foram fortes, pois foram acatados e analisados pelo Ministério Público que, por fim, decidiu pela referida Ação. Certamente, os empresários, ainda que com alguma esperança de vitória, em futuro incerto, não viram como bom negócio empate de capital sob tanto risco. O bom senso os fez retroceder. Espera-se, agora, que a UFOP entre de vez na questão e reivindique o espaço para a expansão daquela instituição em Cachoeira do Campo.

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