Município terá que pagar multa de aproximadamente R0 mil
A novela sobre a Farmácia Popular em Ouro Preto parece que chegou ao fim. Por falta de pagamento do aluguel, uma decisão judicial determinou o despejo da farmácia, que funcionava na Rua Alagoas, no Antônio Dias.
A decisão foi da ajuizada da 2º Vara Cível pela Dra. Letícia Drumond, e segundo a juíza a falta de pagamento do aluguel constitui grave infração, e por isso permite a rescisão contratual e legitima o locador a propor a ação de despejo.
Além de rescindir o contrato, o município terá de pagar vários meses de aluguel atrasados, num valor mensal de aproximadamente R$ 3,4 mil. Com juros e correção monetária o valor gira em cerca de R$50 mil. O despejo se dará nos próximos dias.
De acordo com o advogado da proprietária, que moveu a ação, Zaqueu Astoni, ficou comprovado que o estabelecimento foi interditado pela Fiocruz devido à falta de conservação do imóvel, que estava em situação precária, quase em estado de abandono total. Ainda segundo Zaqueu, a decisão é muito importante e serve de exemplo, pois “demonstra que o poder público tem o dever cumprir a Lei e honrar seus compromissos em dia”.
Após diversas tentativas e transferência de setores, a reportagem de O LIBERAL tentou contato com o setor jurídico do município, mas segundo eles, devido à grande demanda, não haveria tempo para esclarecimentos dos fatos, repassando-se o número do processo para conferência.
Governo pode cortar programa
Em maio, o ministro em exercício nesse período, Agenor Álvares da Silva, anunciou durante reunião no Conselho Nacional de Saúde, que os recursos para a Farmácia Popular seriam suficientes apenas até agosto. O pronunciamento foi feito ainda no governo de Dilma Rousseff. Já o presidente interino Michel Temer garantiu, durante cerimônia de posse de presidentes de instituições financeiras no início de junho, que os percentuais relativos aos gastos de saúde e educação não serão modificados.
De acordo com informações divulgadas pela mídia nacional, no caso do Farmácia Popular, apenas as 460 unidades próprias do governo seriam mantidas. Caso ocorra, o corte será de R$578 milhões.
O programa foi criado em 2006 para a compra de remédios contra colesterol, Parkinson, diabetes, glaucoma e osteoporose, além de anticoncepcionais.