Fisioterapia domiciliar pode estar com os dias contados em Ouro Preto

Ouro Preto,
07 de Outubro de 2016

Pacientes do SUS, atendidos pela prefeitura, podem ter atendimento interrompido por falta de contrato

A preocupação entre os pacientes da fisioterapia domiciliar com a continuidade do serviço em Ouro Preto foi uma das pautas da reunião da Câmara na terça-feira (4). O vereador Chiquinho de Assis apresentou um requerimento solicitando informações da secretaria de Saúde sobre como ficarão os pacientes acamados, doentes crônicos com demandas de intervenção fisioterápica domiciliar.

De acordo com informações de alguns edis, o contrato está para ser encerrado e ainda não há nenhuma intenção de nova licitação. “Moradores e usuários nos procuraram preocupados com o serviço na cidade. Estamos avisando antes para que não aconteça como em outros serviços, colocando sempre a culpa na morosidade da licitação. É preciso dar uma atenção especial para que a população não fique prejudicada mais uma vez”, ressaltou o vereador Chiquinho.

Outros problemas foram apontados pelos parlamentares com relação aos serviços prestados pela atual gestão do Município. “É preciso fiscalizar, pois já fiquei sabendo que o transporte do Consórcio Aliança começou ontem (3) e já tivemos reclamações. Uma paciente de oncologia de Belo Horizonte foi deixada para trás. É preciso olhar com muito carinho”, incitou o vereador Zé do Binga. Já o Presidente da Casa, vereador Thiago Mapa, evidenciou denúncias com relação a transportes da educação no distrito do Salto. “Recebemos informações aqui agora que no Salto foram cortados os carros de saúde e também dos professores. O prefeito tem que pensar que os alunos têm que terminar o ano letivo. A escola está parada. O Posto de Saúde desmarcou consulta com todos os pacientes. Tem gente esperando na fila há mais de um ano. Em Santa Rita também foi avisado que irão parar a fisioterapia, pois o contrato não foi renovado. Isso não pode ficar assim”, argumentou.

O vereador Alysson Gugu chamou a atenção para outros serviços que também podem cessar no Município. “Nós já sabíamos que vários serviços que não poderiam parar estão na verdade se arrastando, funcionando precariamente. O que nós queremos é que o governo termine com o mínimo de dignidade este mandato, pois não esperamos mais nada dele. Queremos alertar que muitas coisas ainda podem parar”, alarmou.

Segundo a secretária Sandra Brandão, dos quatro contratos, dois já encerraram. Porém, ela garante que não haverá déficit no atendimento, pois as duas empresas que continuam com os contratos em vigor irão suprir as demandas.

Foto Horizontal: Por falta de contrato, pacientes podem ficar sem atendimento domiciliar