Grupo multipartidário se reúne e engaja na elaboração de programa de governo

Ouro Preto,
23 de Março de 2012

Movimento quer percorrer o município junto aos pré-candidatos, a fim de ouvir as comunidades e formatar programa de governo

Em meio aos desafios da unidade e da indicação de apenas um nome para concorrer à prefeitura, o movimento “Ouro Preto de cara nova”, que defende a sustentação da base aliada da presidente Dilma Rouseff em Ouro Preto, reuniu-se, na noite da última sexta-feira (16), no Salão de Eventos do Grande Hotel. O encontro contou com a presença dos pré-candidatos declarados, lideranças políticas e representantes das 14 legendas reunidas, que reforçaram uma proposta conjunta e suprapartidária visando à disputa das eleições. O evento também acertou a formação de uma comissão, composta por representantes de cada partido e os pré-candidatos a prefeito, que percorrerá o município a fim de ouvir as demandas das comunidades e elaborar o programa. A expectativa dos partidos é indicar um candidato que assuma o compromisso com a implantação das propostas.

O evento contou com a presença dos seguintes partidos: PT, PR, PMDB, PTC, PV, PSC, PPL, PMN, PSDC, PTB, PRB, PSB, PRTB e PCdoB. Teve a participação dos pré-candidatos a prefeito Eduardo Evangelista, o Du (PRB), prefeito do campus da Ufop, o deputado federal Saraiva Felipe (PMDB), o advogado Guido de Matos (PT), o presidente do PMDB, Jaime Fortes, engenheiro Hérzio Mansur (PT) e o presidente do PR, vice-prefeito Dimas Dutra. Eles fizeram discursos inflamados, defenderam suas propostas e pregaram a unidade do grupo. Alguns deram como certa a vitória nas urnas, uma vez que a possível coligação conquistaria uma significativa base político-eleitoral. “Com certeza daqui sairá o candidato vitorioso de Ouro Preto, eu tenho certeza disso” proferiu o presidente do diretório municipal do PT, Agnaldo Antônio.

Os adeptos da mobilização também defenderam mais autonomia na política ouro-pretana, coesão do grupo e desenvolvimento para a cidade, com melhoras na saúde, educação, distribuição de renda, habitação, emprego e renda, participação popular e fiscalização dos investimentos e gastos do executivo. “O processo eleitoral de Ouro Preto carece de um projeto que contemple um desenvolvimento à altura da pujança política e econômica da cidade”, destacou Jarbas Avelar, do PTB. Já o vereador Flávio Andrade (PV) apontou “avanços estruturantes nos últimos 8 anos nas áreas da saúde, saneamento básico, transparência e democracia na gestão”.

Internamente, o PT submeterá seus pré-candidatos às prévias do partido, que acontecem no dia 5 de maio. Outro fator importante na aferição das perspectivas será as pesquisas de opinião, cujo critério de escolha é defendido pelo diretório municipal do PMDB. De acordo a legenda, em abril está programada a realização de pesquisas de intenção e rejeição de voto em Ouro Preto, sob responsabilidade de instituto de referência nacional. “Essa avaliação será primordial para indicarmos aquele nome com maior densidade eleitoral e compromisso com o programa”, afirma Jaime Fortes. Os partidos têm até o dia 30 de junho para a realizarem suas convenções destinadas a deliberar sobre coligações e oficializarem junto à justiça eleitoral os candidatos a prefeito, a vice-prefeito e vereador no pleito deste ano.

Saraiva Felipe:

“Meus laços familiares e políticos com a cidade, a militância em prol da vinda de melhorias, sobretudo na área da saúde, habilitam-me a ser candidato a prefeito de Ouro Preto. Tenho condições plenas e legais para isso e nada me impede de trabalhar ainda mais pela cidade. Isso seria uma honra muito grande”.

Guido de Matos:

“As drogas são um problema sério entre os jovens de nossa cidade e que não pode ficar fora de um programa de governo. Além disso, precisamos de melhorias na educação, pois Ouro Preto não pode ser somente formador de mão-de-obra, criação de parque industrial, regulação urbana e solução do caótico trânsito”.

Jaime Fortes:

“Não podemos aceitar os personalismos e aliciamento de candidatos e partidos. O Caminho para o desenvolvimento de Ouro Preto perpassa pelo compromisso com a democracia e um programa sério elaborado a várias mãos. Tenho certeza que vamos juntos para o poder”.

Eduardo Evangelista (Du):

“A administração pública precisa cumprir aquilo que determina a legislação e seus princípios, pois vemos aí problemas de 300 anos, como a falta de saneamento básico. Queremos uma nova forma de se fazer política, sem politicagens, amadorismo e má gestão dos recursos públicos”.

Dimas Dutra:

“Em função de sua extensão territorial, o município de Ouro Preto necessita de uma descentralização administrativa, assim como a Universidade. Temos que cuidar dos distritos e da periferia, acabar com os ranços e vaidades na política feita de ‘cima para baixo’. Este é um momento de construção de alternativas”.

Hérzio Mansur:

“A comunidade deve ser co-autora de nosso programa de governo, posto que apenas a participação popular que garantirá o êxito das metas e ações. Já ao legislativo caberá acompanhar o cumprimento desse plano, através da criação de mecanismos legais de fiscalização e acompanhamento das ações do executivo”.

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