Itabirito foi sede do Seminário Regional de Educação em Direitos Humanos no dia 9 de maio. O evento reuniu educadores e profissionais da área de educação das redes municipal e estadual de Itabirito e mais quatro cidades da Região dos Inconfidentes para apresentar e discutir propostas de incentivo à discussão da identidade de gênero e inclusão social. O encontro também marcou a entrega simbólica da cópia da Lei Municipal que declara de utilidade pública o Movimento Itabiritense de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (Ita LGBT) e a apresentação do Comitê Municipal de Combate à Discriminação e Promoção da Cidadania e dos Direitos das Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis.
Para o presidente do movimento Ita LGBT, Leandro Dias, estas discussões representam um importante avanço para a comunidade LGBT de Itabirito. “Recebemos um grande apoio nos últimos quatro anos. Quero agradecer a Prefeitura pelo acolhimento ao movimento, ajudando na promoção da igualdade de direitos e combate à discriminação”, frisou. A superintendente da 25ª Regional de Ensino – Ouro Preto, Crovymara Batalha, ressaltou a importância do trabalho realizado na cidade. “Das cinco cidades em que atuo, Itabirito é a única que conseguiu criar o Comitê Municipal e está um passo à frente”, salientou.
O prefeito Alex Salvador destacou a importância de apoiar os movimentos que atuam para promover a igualdade do ser humano. “O governo trabalha para todos, mas principalmente para os que mais necessitam do poder público. Todo movimento organizado é respeitado pela administração pública e deve ter apoio do poder público”, afirmou.
O professor da escola estadual Engenheiro Queiroz Jr, Marcelo Silva, falou sobre a importância de debater a inclusão. “Infelizmente ainda há muito bullying e descriminação nas escolas e muitos pais e professores têm dificuldade para lidar com o assunto. Por isso, é importante discutir o tema”, disse.
O vice-prefeito de Itabirito, Wolney de Oliveira, afirmou que esta não é uma tarefa fácil, mas necessita ser debatida. Ele lembrou que houve a construção do plano de atendimento à população LGBT na área da saúde e que a tarefa foi realizada com sucesso. “É preciso que haja diálogo entre os setores e a construção precisa ser conjunta, mas a situação do preconceito existe e não podemos fugir da responsabilidade”, garantiu.
O evento ainda contou com a participação de representantes dos governos estadual e federal, que atuam na promoção dos Direitos Humanos, e ativistas da causa LGBT de todo o estado.