Moradores da Rennê Giannetti buscam soluções para os problemas de trânsito intenso e pesado na via

Ouro Preto,
11 de Abril de 2012

Avenida poderá contar em breve com melhorias de infraestrutura e medidas para reduzir o intenso volume de veículos

Enquanto o desvio rodoviário não sai do papel, os moradores dos bairros cortados pela Avenida Américo Rennê Giannetti em Ouro Preto – entre eles, o Saramenha de Cima, Tavares e Vila Santa Isabel – se mobilizam para buscar algumas melhorias na localidade, que atualmente sofre com o intenso fluxo de veículos, sobretudo de caminhões e carretas de empresas de Ouro Preto e região. Na segunda-feira, 2, representantes das comunidades se reuniram com o diretor da Ourotran e comandante da Guarda Municipal, Carlos Alberto Mendes e o vereador Flávio Andrade. As discussões do encontro apontaram a necessidade e possibilidade de haver, em breve, a pavimentação asfáltica da avenida, bem como novos quebra-molas, pardais eletrônicos e sinalização.

Outra medida em curso para melhorar o trânsito seria a restrição de acesso de veículos por meio do credenciamento do mínimo necessário de caminhões e carretas em determinado horário do dia, já que, como área do perímetro urbano, o município teria poder legal para dotar a Avenida Rennê Giannetti de um maior controle e fiscalização. Essas soluções apresentam-se como prioritárias no momento, visto que a construção de um desvio consumirá mais tempo e dinheiro, embora esse projeto já foi concebido pela RDM Manganês – antiga Cia Paulista de Ferro Ligas da Rancharia e atualmente subsidiária da Vale – para um trecho de 1,3 km compreendido entre a Rodovia Rodrigo de Melo Franco de Andrade (rodovia do Contorno) à localidade de Fazenda Barcelos, na saída para Ouro Branco. A obra estaria orçada em aproximadamente R$ 6 milhões.

Mas, segundo o presidente da associação de moradores da região, Márcio Glicerio Mendes, o “Pingo”, a Vale teria informado que não irá assumir os custos integrais do desvio. “Essa estrada alternativa seria o ideal para resolver os problemas. Contudo, a Vale não se dispôs a assumir o valor integral da obra”, explica. No entanto, segundo Pingo, “as soluções encontradas até o momento trazem esperança à comunidade, já que há muito os moradores sofrem com os acidentes fatais e corriqueiros, excesso de barulho, afundamentos na pista, trinca nas moradias, insegurança, entre outros problemas”. O morador Antônio Carlos Guedes diz que “cerca de 500 assinaturas já foram recolhidas a fim de garantir soluções junto ao Ministério Público”.

De acordo com levantamento realizado no início de março pela Guarda Municipal, a pedido do MP, em apenas 12 horas a Avenida Rennê Giannetti registrou 1.813 veículos na saída para a cidade de Ouro Branco. Desses, 157 eram veículos de carga de 440kg a 45t. Para Carlos Mendes, é necessária uma mobilização em torno do problema causado pelo intenso tráfego. “Tendo em vista o aumento do fluxo na região do Saramenha de Cima, é preciso uma força-tarefa em torno dessa causa, tamanha importância desse trecho para os moradores e toda a região”, afirma. O vereador Flávio Andrade “ressalta que a busca de melhorias deve ser coletiva, envolvendo os municípios, as empresas e o Departamento Estadual de Estrada e Rodagens (DER)”. Na próxima segunda-feira, 9, a comunidade do Saramenha de Cima e representantes do poder público municipal voltam a se encontrar para discutir a situação da avenida. As empresas usuárias do trecho também foram convidadas para o encontro, que acontece às 14h, na sede da Guarda Municipal e do Outrotran.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook