Foram restaurados 22 chafarizes que compõem o cenário urbano do Centro Histórico da cidade
Os chafarizes integram o cenário de Ouro Preto e contam parte da história da cidade. No passado, eles funcionavam como um dos principais meios de captação d'água e a população utilizava esses espaços para realizar diversas atividades cotidianas. A quinta-feira (12) marcou a reabertura dos 22 chafarizes restaurados pelo PAC Cidades Históricas. Dentre eles, apenas o Chafariz do Sobrado das Lajes ainda tem água.
De acordo com o diretor do Escritório Técnico do IPHAN de Ouro Preto, André Macieira, “os chafarizes são importantíssimos para a paisagem urbana da cidade, eles contam a história do cotidiano no período colonial. Nessas obras, nós trabalhamos a conservação e a manutenção dos chafarizes para garantir que o testemunho histórico permaneça para as próximas gerações”.
Os chafarizes ficaram interditados por 16 meses. As obras foram entregues antes do prazo final. Foi realizado o tratamento das fissuras, trincas e outras degradações causadas pelo tempo. A vegetação ao redor foi retirada, houve a imunização contra microorganismo, a recuperação estrutural, o tratamento do metal das bicas, a recomposição do reboco e execução da pintura.
Para o vice-prefeito, Francisco Rocha Gonçalves (Chiquinho Xavier), “é um prazer entregar essa obra antes do prazo, pois os chafarizes não são patrimônio apenas dos ouro-pretanos, mas sim de todo o mundo, e é importante mantê-los conservados”.
“É um prazer para mim como ouro-pretana e também para a Secretaria de Cultura e Patrimônio estar inaugurando essa primeira obra de restauração por meio da Prefeitura Municipal e pelo PAC Cidades Históricas”, afirmou a secretária de Cultura e Patrimônio, Elisângela Rodrigues Araújo Mazzoni. Elisângela ainda destacou o desempenho de toda a equipe técnica, na execução das obras.
No total foram investidos R$ 1,5 milhão de reais nas restaurações. Todo o recurso utilizado veio do PAC Cidades Histórias. A licitação da empresa e a disponibilização dos funcionários da secretaria ficou a cargo da Prefeitura, e gestão foi do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Para o diretor nacional do PAC Cidades Históricas, Robson Antônio de Almeida, “ter essa obra de impacto urbano é muito importante para o programa. A obra consolida ainda mais nossas ações no estado de Minas Gerais e em Ouro Preto”. Segundo o diretor, o PAC Cidades Históricas pretende totalizar 15 obras em Ouro Preto.
A obra do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Antônio Dias, será a próxima obra a ser concluída. Além disso, outras 13 ações estão em fase de elaboração e de aprovação dos projetos.
Foto Horizontal: Diretor nacional do PAC Cidades Históricas, Robson Almeida, superintendente do IPHAN MG, Célia Corsino, secretária municipal de Patrimônio, Elizângela Mazzoni, e o vice-prefeito, Chiquinho Xavier, descerraram a placa de inauguração.