Em julho, linha Belo Horizonte x Ouro Preto foi assaltada três vezes
Assaltos a ônibus que fazem o trajeto entre Itabirito e Ouro Preto para a capital parecem ter virado rotina. Somente em julho, a linha Belo Horizonte x Ouro Preto, da viação Pássaro Verde, foi alvo de três assaltos. Na noite da terça-feira (23) as vítimas foram passageiros do ônibus da empresa Santa Fé, que faz o trajeto entre Belo Horizonte e Itabirito.
Um dos passageiros que estava no ônibus da Santa Fé, em entrevista ao site Sou Notícia, contou como foi o assaltou. Ele relembra que um homem de aproximadamente 27 anos entrou no ônibus no ponto do BH Shopping e sentou nas últimas poltronas. Depois que o veículo deu a partida, o rapaz foi para a parte da frente e conversou com o motorista e a trocadora, logo após, anunciou o assalto. “O assaltante sacou a arma e pediu para que todos ficassem tranquilos. Ele rendeu um dos passageiros para que pudesse recolher os objetos das pessoas que estavam no ônibus”, relata o morador de Itabirito, Marcos Vinícius da Cunha Brito. Ele ainda conta que o assaltante levou muitos celulares e dinheiro e que o ônibus estava cheio. “O homem estava sozinho e não escondia o rosto. Apenas o boné para disfarçar um pouco. Ele desceu antes de chegar no ponto em frente à Leroy Merlin”, acrescenta.
O ônibus seguiu para a Polícia Rodoviária na Barreira policial para fazer o Boletim de Ocorrência. A Santa Fé foi procurada, mas nenhum representante se manifestou até o momento.
Três assaltos em um mês
No mês de julho, três ônibus da viação Pássaro Verde que fazem a linha Belo Horizonte x Ouro Preto também foram assaltados, todos eles em seis dias. A ação dos criminosos é sempre semelhante de acordo com o relato das vítimas.
Nesses casos, os assaltantes, em dupla, fazem embarque no ponto próximo a um supermercado no Bairro Belvedere. Poucos metros depois, armados, anunciam o assalto. Um deles fica parado na parte da frente do coletivo enquanto o outro passa com uma sacola nas mãos recolhendo dinheiro, pertences pessoais e aparelhos celulares dos passageiros, além de levarem dinheiro dos cobradores. Logo depois os passageiros desembarcam próximo aos motéis, no Bairro Olhos d’Água.
Em entrevista ao jornal O LIBERAL, a empresa Pássaro Verde informou que, junto com a Polícia Militar, trabalham estratégias para evitar os assaltos.
Sobre o seguro de viagem, a empresa informou que é previsto na legislação, sem acréscimo no valor do bilhete, porém, sua finalidade visa cobrir eventuais danos decorrentes de acidentes, e não de assaltos. “Lamentavelmente, os prejuízos são comuns entre a empresa e os passageiros, posto que todos nós somos vítimas. É risco alheio a atividade de transporte de passageiros. Tais eventos ocorrem sempre de forma imprevisível, o que impede qualquer medida preventiva no caso específico. Infelizmente, a segurança pública, embora seja um direito de todos, exige da mesma forma, uma atuação conjunta da sociedade como um todo”, ressalta João Roberto Holanda, gerente de unidade da Pássaro Verde.