Preços e descontos no orçamento do consumidor

Mariana,
24 de Março de 2014

O dia do consumidor é comemorado no dia 15 de março. A data marca uma conquista que trata das relações de consumo em todas as esferas, garantindo a proteção dos consumidores na compra de produtos e prestação de serviços. No entanto, esse direito previsto pela legislação pode refletir também na necessidade de consumo de cada pessoa, obrigando o consumidor a se organizar e atentar aos preços do mercado para evitar o endividamento.

Diversos preços de produtos básicos são afetados por uma movimentação interligada que perpassa toda a economia mundial. Um produto simples e bastante consumido que pode ser apontado como exemplo é o café. Devido ao calor e à estiagem dos últimos meses, houve uma disparada nos preços do café, provocada por uma expectativa de quebra de safra no Brasil. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) neste ano é necessário o aumento de pelo menos 35% no preço do café torrado e moído para compensar a alta no valor da matéria-prima. Enquanto o INPC (índice de inflação do IBGE) subiu 198% desde 2000, o preço do café ao consumidor aumentou 87%.

Esses fatores econômicos acabam dificultando a compreensão dos consumidores em relação à alta de preços dos produtos ou prestação de serviço, o que pode prejudicar o controle dos gastos mensais em conformidade com o salário de cada consumidor. De acordo com o professor do curso de economia da UFOP, Carlos Eduardo da Gama Torres, os preços também dependem da estrutura de mercado de cada região, “a inflação é um fenômeno decorrente de diversos fatores. O salário mínimo é mais utilizado para corrigir as aposentadorias e pensões, a inflação não compõe diretamente o índice que será aplicado nos reajustes salariais”, esclarece o especialista. Com isso, torna-se importante para o consumidor fazer uma avaliação de custo-benefício, verificando as condições de qualidade do produto ou serviço para exigir seus diretos sobre a negociação.

Segundo o coordenador do Procon de Mariana, Emanuel Rodolfo Maia Camacho, as denúncias mais recorrentes são contra operadoras de telefonia e internet, serviços bancários e compras online. “No caso das compras no cartão de crédito ou débito, o vendedor não pode impor limites de valores e de produtos para a aceitação, nem cobrar taxas extras”, afirma Emanuel. Para mais informações, os consumidores podem procurar o atendimento ao público do Procon Municipal que funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, no prédio da Prefeitura de Mariana, na Praça Juscelino Kubitschek. Telefone de contato: (31) 3557-9001.