Prefeito de Mariana defende criação da frente pela reabertura da Samarco

Mariana,
10 de Março de 2016

O prefeito Duarte Junior “Du” participou na quinta-feira (25) de uma a reunião na sede do Sindicato Metabase para a formação de um comitê de gestão em apoio a retomada das atividades da Samarco Mineração. O encontro contou com a participação de diversas autoridades, dentre elas ex-prefeitos, vereadores, lideranças comunitárias e representantes do setor comercial.

“É uma forma de alinharmos com a sociedade organizada uma frente em busca da retomada das atividades da mineradora em nosso município, tendo em vista que tem avançado o plano da assinatura de um acordo para breve. O minério é a matéria prima que lidera as exportações e não conseguimos, por hora, sermos independentes dele. Por isso, convidamos as frentes políticas para buscar uma saída para esta questão”, explicou o presidente do Sindicato Metabase, Ronaldo Bento.

O prefeito de Mariana destacou a importância da criação da frente pela retomada das atividades da Samarco. “O sindicato tem obrigação de zelar pelo emprego dos trabalhadores, e sabe da importância da empresa para o nosso município. A gente também reconhece essa importância e estamos reunindo com os órgãos responsáveis para demonstrar que precisamos erguer as nossas cabeças e seguir em frente. E no momento tão difícil que o país atravessa a paralisação da empresa com tantos empregos que ela gera, nos traz enormes preocupações”, disse. Medidas – O acordo coletivo para reparação e reconstrução das cidades e regiões atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco, em novembro do ano passado, está em fase final de elaboração. Nesta segunda-feira (29), a Advocacia-Geral da União (AGU) e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo receberam representantes das comunidades afetadas e de movimentos sociais para fechar a redação final do documento que vai ser homologado na Justiça. O encontro foi realizado na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

Em linhas gerais, o acordo coletivo propõe 39 programas socioambientais e ações socioeconômicas para a reparação e a reconstrução das áreas afetadas. Segundo o documento, os impactados vão ser envolvidos em todo o processo, tendo, inclusive, participação nas decisões que serão tomadas pela fundação que irá gerir as ações restauradoras. A fundação será responsável pela gestão do fundo que será constituído com repasses financeiros da Samarco e suas controladas, Vale e BHP. A expectativa é que o fundo movimente R$ 20 bilhões em 10 anos.