Projeto da Prefeitura oferece formação artística gratuita e completa 10 anos

Itabirito,
03 de Junho de 2016

Atelier de Artes Integradas atende mais de 400 alunos em cursos de ballet e teatro

Um dos centros de referência da cultura em Itabirito comemora em 2016 dez anos de intensa formação e produção artística. A data de 31 de maio passa a ser o marco de início das comemorações da existência do Atelier de Artes Integradas como equipamento cultural da cidade, que ao longo destes dez anos transformou a vida de muita gente. Para marcar a data, a equipe do Atelier promoveu uma cerimônia na Casa de Cultura, com direito a apresentação de uma suíte de ballet a partir da obra de William Shakespeare, a encenação de uma peça baseada em texto de Guimarães Rosa e até bolo de aniversário. As comemorações dos dez anos ocorrerão durante todo o ano.

O espaço oferece, gratuitamente, aulas de teatro e ballet e atende atualmente mais de 400 estudantes. Durante o evento, o prefeito Alex Salvador destacou a importância do espaço para a cultura no município. “O Atelier representa a cultura Itabiritense, que sempre foi muito rica, mas ficou ainda mais forte nesses dez anos”, afirma.

O secretário de Patrimônio Cultural e Turismo, Ubiraney de Figueiredo, destacou que a existência do Atelier deu uma nova dimensão à cultura na cidade. “O Atelier representa a compreensão da Prefeitura que a cultura não pode ser vista apenas como realização de festas e eventos, mas precisa induzir também um processo de transformação. Hoje o Atelier tem uma equipe consolidada, com profissionais concursados e isso garante a continuidade da política pública”.

Ao final das apresentações que comemoraram uma década de Atelier, alunos e professores subiram ao palco para entoar uma sonora canção de parabéns com a participação do público presente. Quem teve a honra de carregar o bolo foi o ex-aluno do espaço, no curso de Teatro, Marcos Aurélio Braga Diniz, de 19 anos. Ele foi aluno do Atelier desde a inauguração, em 2006, e se formou no ano passado no curso técnico. Hoje, busca seguir carreira na área e garante que não se esquece do que viveu. “Não sou mais aluno, mas ainda participo de peças e atividades do Atelier. Dizemos por aqui que quem entra não sai mais. Subir no palco é uma coisa sensacional, mas participar da história de dez anos do Atelier é algo muito mais especial”, conta.

Na ponta dos pés

Só no curso de ballet, o Atelier atende cerca de 250 alunas. O interesse é tanto que a cada ano se promove uma audição para selecionar as novas bailarinas. A professora Beatriz Salvo, que coordena o curso, destaca que o Atelier forma a bailarina e prepara as interessadas para ingressarem em escolas maiores de ballet se o interesse for seguir carreira. A maior contribuição do espaço, contudo, é outra. “O ballet é uma atividade importante, que fica para a vida toda. Aqui a criança passa a ter postura, a sentar corretamente, desenvolve a coordenação motora e aprende a trabalhar em equipe”, afirma.

O ballet atende crianças desde os quatro anos de idade, mas conta com alunas mais experientes que fazem parte do corpo de baile júnior e a cada ano se apresentam na cidade. É o caso de Ana Júlia Toledo Lopes, de 15 anos, que começou no ballet aos cinco. “É uma forma de diversão, de descontrair e viver um ambiente diferente da escola. O Atelier é um espaço muito especial, que propicia experiências muito legais para quem faz atividade”.

Dos palcos para a vida

No curso de teatro são cerca de 200 estudantes, a maioria no curso livre, mas alguns em um curso técnico oferecido pelo Atelier. Ao longo de uma década, foram muitos espetáculos e, para alguns alunos, o teatro surgiu como oportunidade de carreira. Cerca de 30 estudantes que passaram pelo Atelier fazem ou se formaram em cursos técnicos e superiores de teatro em outras instituições, tais como UFMG, Ufop, entre outras.

É o caso de Isabella Mayrink, de 21 anos. Ela começou no Atelier em 2012 e foi lá que percebeu que queria seguir carreira. Hoje, está no 5º período de Artes Cênicas. “Tudo começou no Atelier. Aqui a gente vive o teatro de verdade e descobre o gosto pelas artes cênicas”, afirma. Camilla Malheiros, de 15 anos, tinha apenas 10 quando começou. Ao longo desse tempo, ela garante que se tornou outra pessoa. “Eu era muito tímida quando entrei, tinha medo de palco. O teatro ajuda a gente a perder a vergonha e ficar mais desibinido”.

Para a coordenadora do curso, Ana Nery, quem passa pelo teatro do Atelier sofre mesmo um processo de transformação. “Independente de seguir carreira ou não, o teatro dá um diferencial para a pessoa, seja um advogado, um médico, um professor. É tão bom que quem passa por aqui nunca sai realmente, sempre encontra uma forma de contribuir em alguma peça, algum ensaio”, afirma. “O investimento da Prefeitura no Ateliê é digno de aplausos. Poucos são os municípios do Brasil que conseguem manter tantos alunos em um curso gratuito e de qualidade como o nosso”, completa.

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