Sem negociação, professores mantêm greve em Mariana

Mariana,
03 de Novembro de 2017

Sindicato move ação na Justiça para garantir direitos dos servidores

Os professores não optantes pelo plano de cargos e salários da Prefeitura de Mariana estão em greve desde o dia 16/10. Os servidores se sentem prejudicados com relação a carga horária prevista dentro e fora da sala de aula. De acordo com o SindservMariana, sindicato dos servidores, a prefeitura descumpre ordem judicial, visto que o sindicato já ganhou a ação em segunda instância para garantir o direito dos docentes.

Professores do antigo PEB 2 se sentem prejudicados com a carga horária desde 2014. O sindicato tenta, desde então, rever a situação com o executivo, mas foi preciso entrar na justiça para garantir o direito dos docentes. A legislação afiança que o professor tenha carga horária distribuída em 2/3 com alunos e 1/3 sem alunos, essa última para preparação da aula e de relatórios. “Na implantação do plano, a carga horária dos professores aulistas, do 6º ao 9º ano e o ensino médio, aumentaria 80%, tendo como contrapartida 2 % de acréscimo salarial. Lembrando que a carga horária de 2/3 e 1/3 é determinada pela Lei Federal do piso nacional do magistério”, explica o professor e diretor do SindservMariana, Luiz Salles Júnior. Ele ainda pontua que a prefeitura descumpre decisão judicial, fazendo horários alternativos, prejudicando assim, os alunos e ameaçando contratar substitutos para os grevistas.

No total são 98 professores, destes 68 não estão em sala de aula por diversos motivos, restando 40 em greve. A alegação da prefeitura, segundo Luiz, é de que não há como pagar a adequação da carga horária dos docentes.

O executivo informou que divulgará uma nota esclarecendo os fatos na próxima semana (6).

De acordo com o SindServ, a greve deve continuar mesmo que em duas ou três escolas e só terminará quando o município cumprir a liminar concedida aos professores ou regulamentar a carga horária do quadro suplementar da educação, preconizada no plano de carreira Lei Complementar 139/2014. Caso o executivo não entre em acordo, o Sindicato irá entrar com mais uma ação na Justiça na segunda-feira (6) reivindicando o cumprimento da liminar. “Teremos várias ações, como alternativas de paralisação e boicotes nas avaliações e entregas de notas”, enfatiza o diretor.

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