Um poste no meio do caminho da paciência

Ouro Preto,
22 de Maio de 2012

Com a devida licença de Carlos Drummond de Andrade, no meio do caminho tinha um poste, tinha um poste no meio do caminho. Tinha há trinta anos, conforme dizem consumidores “cemiguianos”, donos do portão, mas não do poste, e continua a ter até o momento. Quem nasceu, quando este foi plantado no meio do que seria caminho para veículo entrar e sair da garagem, já pode estar casado(a), pai/mãe de filhos, no caminho de ser avô/avó. O próprio jornal O LIBERAL, que entra no 25º ano de circulação, já encontrou o poste no meio do caminho de seus distribuidores. Fala-se que, dos que têm poder para a realocação do poste, muita lorota o vento levou, e, nas idas e vindas nos meandros burocráticos, muito papel se carimbou. O intruso “cemiguiano”, que deveria ser alocado na divisa do lote e o foi no meio do caminho, obrigando aos consumidores da CEMIG, naquele endereço, a pagar aluguel de garagem, já deveria ter dali saído, se políticos honrassem seus nomes e cumprissem promessas feitas em troca do voto. E de políticos, em campanha, nem teria necessidade se a, outrora organizada CEMIG, tivesse sido mais atenta no posteamento e, posteriormente, mais atenciosa com seus consumidores. O poste continua à desafiar o tempo e paciência, lembrando a velha marcha de carnaval: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”!

Um poste no meio do caminho da paciência - Foto de Nylton Batista
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