Vereadores questionam qualidade no atendimento do SAMU em Ouro Preto

Ouro Preto,
01 de Julho de 2016

Parlamentares afirmam que após adesão ao consórcio, população ficou no prejuízo com o acolhimento

Desde que passou a ser de responsabilidade do Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde, em fevereiro deste ano, o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Ouro Preto passou a ser muito questionado por moradores e vereadores, que aprovaram o projeto após diversas análises durante dois anos de tramitação na Casa.

Na reunião da terça-feira (28) foram apontadas reclamações sobre o serviço a partir do requerimento 162/2016, que convida um representante do consórcio para esclarecer sobre o atendimento na cidade. O vereador Zé do Binga, autor do requerimento, disse que a rejeição pelo atendimento é grande. “Eu lido muito com a saúde no município e tenho passado por muitos problemas. A insatisfação é geral e a população ficou com um prejuízo muito grande, pois estamos falando de saúde, e com isso não se brinca”, enfatizou o vereador, que ainda falou da retirada de uma ambulância do distrito de Santa Rita. “Foi retira a ambulância, não tem médico. É um abuso com o povo. Se não for para prestar um bom serviço, garantir um atendimento de qualidade para a nossa população, que o contrato seja encerrado em termos legais”, pontuou.

Solange Pereira destacou a preocupação de todos os colegas antes de aprovar a parceria. “Durante dois anos nós analisamos toda a documentação. Saiu e entrou presidente no consórcio e nos reunimos com todos para sanar as dúvidas. Nós compramos um bom consórcio e agora eles têm que executar. Não podemos deixar isso acontecer, temos que cobrar”, reforçou a vereadora.

Já a vereadora Regina Braga fez referências às obrigações do consórcio. “Me lembro que a maioria dos vereadores votaram a favor, pois a condição era, ou o consórcio ou nada, não teríamos mais o serviço de urgência se não fosse pelo consórcio. No entanto, viriam ambulâncias novas, ônibus para transportar pacientes para Belo Horizonte. Votamos gato por lebre. Cadê tudo isso?”, questionou a vereadora.

A defesa

O coordenador do SAMU no município, Leandro Moreira, em entrevista ao jorna O LIBERAL, rebateu alguns levantamentos dos edis. Sobre as nova ambulâncias, ele afirma que o contrato abrange a manutenção dos veículos até que se ultrapasse o período de troca e garantiu que, com o consórcio, a manutenção acontece de forma ágil. “Durante o período de transição, nós recebemos uma nova ambulância, que foi destinada ao atendimento avançado. Assim, ficamos com uma reserva. Com o consórcio o processo de manutenção é mais ágil. Assim que detectado um problema a ambulância é imediatamente encaminhada para reparo, sem ter que passar por burocracias”, explicou.

Atualmente o município conta com duas ambulâncias de atendimento básico, uma de atendimento avançado e uma reserva, para substituir a que estiver em manutenção, ou até mesmo reforçar o atendimento em caso de necessidade.

Sobre a documentação atrasada de uma das ambulâncias, levantada pelos vereadores, Leandro relatou que “uma delas se envolveu em um acidente no trevo da Santa Casa e quando a polícia foi acionada e conferiu a documentação, observou que a mesma estava com documentação de 2016 em atraso, não 2011 como se tem noticiado”.

Já com relação a vinda de ônibus, o coordenador disse que o processo está em andamento, mas os detalhes são diretamente com a secretária de Saúde, Sandra Brandão.

Atendimentos

O número de veículos, assim como os locais onde as ambulâncias devem ficar, não sofreram nenhuma alteração de acordo com Leandro. “Manteve-se as duas unidades básicas, que ficam no pátio da UPA, uma avançada, na Santa Casa de Ouro Preto, e ainda uma unidade reserva. O atendimento é regulamentado pela ordem de chamada e gravidade. É a central que decide como será realizado o empenho. Já estão em estudo algumas mudanças, inclusive análise de propostas para que as ambulâncias fiquem mais próximas de distrito”.

Denúncias

Para que o serviço possa ser fiscalizado pelo município, é preciso que o cidadão faça uma denúncia formal aos órgãos competentes. Em qualquer situação de dúvida sobre o atendimento, informe a coordenação de serviço na UPA ou na recepção da Secretaria de Saúde.

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